Greve na CP foi desconvocada, mas houve comboios suprimidos

Organizações sindicais estiveram reunidas no ministério do Planeamento numa tentativa de evitar a greve agendada para quinta-feira.

Foto
Algumas ligações a partir de Lisboa e do Porto foram suprimidas rui Gaudencio

Os efeitos da greve na CP, que foi desconvocada e se iniciarIa às 0h desta quinta-feira, ainda se fizeram sentir apesar de já não se realizar. Na manhã desta quarta-feira foram suprimidos, em cima da hora, quatro ligações, três a partir de Lisboa para o Porto e um com saída do Porto para Lisboa. Porém, a reunião no ministério tutelado por Pedro Marques abriu caminho à desconvocação do protesto.

A CP confirmou ao PÚBLICO que foram suprimidos dois comboios do serviço Alfa, um parcial e outro totalmente, e dois Intercidades. Os passageiros que aguardavam na plataforma da Gare do Oriente pelo Alfa com destino ao Porto foram informados ao fim de algum tempo de espera que o comboio, afinal, tinha sido cancelado.

Um passageiro que aguardava pelo Alfa para se deslocar para o Porto disse ao PÚBLICO que as pessoas foram avisadas, várias vezes, de que o comboio estava com atrasado. Só mais tarde é que a CP assumiu que o comboio fora, afinal, suprimido na sequência da greve agendada para quinta-feira e convocada pelas organizações sindicais de diversas empresas do sector ferroviário – CP, IP, Medway, Takargo. O comboio em causa deveria ter saído de Lisboa pelas 8h09, o que não aconteceu, obrigando os passageiros a encontrarem alternativas.

O outro Alfa cancelado, que deveria ter partido do Porto pelas 5h45 com destino a Faro, fez apenas metade do trajecto, entre Lisboa e o Algarve. Os passageiros do Porto ficaram sem ligação.

Os dois Intercidades cancelados nesta manhã deveriam ter saído de Lisboa, um com destino a Guimarães e o outro com paragem na Covilhã.

Fonte da CP admitiu, em declarações ao PÚBLICO, que ao longo do dia desta quarta-feira possam ocorrer mais situações idênticas.

Numa derradeira tentativa de evitar que a greve se realizasse, as organizações sindicais estiveram reunidas na manhã desta quarta-feira no Ministério do Planeamento.

Na origem da greve estava a nova regulamentação para o sector ferroviário, que deverá entrar em vigor em Dezembro, e que a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) considera que “diminui as condições de segurança no sector ferroviário”.

Sugerir correcção
Comentar