Toque de Messi manteve Valência à distância em noite de golo-fantasma

Árbitro foi cúmplice no erro de Neto ao negar golo legal que daria vantagem ao Barcelona. Paris Saint Germain foi ao Mónaco cavar ainda mais o fosso para a concorrência, com Jardim pressionado pelo Lyon.

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Luis Suárez teve uma noite difícil, perante a organização defensiva do Valência HEINO KALIS/REUTERS

O Barcelona evitou constrangimentos maiores na 13.ª jornada da Liga espanhola, escapando à derrota que parecia desenhar-se na deslocação a Valência (1-1) e fi cando a salvo de um ataque cerrado dos perseguidores à liderança da prova.

Foi Rodrigo quem colocou a equipa de Gonçalo Guedes em vantagem (60’) no Estádio Mestalla, mas quando a esperança catalã começava a transformar-se em desespero, surgiu o toque de Messi, a oferecer em bandeja de ouro o golo do empate (1-1) a Jordi Alba (82’). O argentino atenuava, assim, um sentimento de injustiça depois de ter visto o árbitro negar-lhe um golo ainda na primeira parte, considerando erradamente que a bola largada pelo guarda-redes Neto — em lance caricato — não entrou totalmente na baliza “ché”.

O Valência, segundo da tabela, perdia uma excelente oportunidade para reduzir para um ponto a diferença para os catalães, que agora têm os rivais de Madrid, terceiro e quarto classificados, novamente a oito de distância. Por sua vez, o Sevilha operou surpreendente recuperação ao bater o Villarreal, por 2-3, depois de ter estado a perder por 2-0, não permitindo que o “submarino amarelo” emergisse na disputa do quinto lugar da Liga espanhola. A equipa comandada por Eduardo Berizzo, que já no jogo com o Liverpool recuperou de uma desvantagem de três golos, voltou a mostrar uma capacidade incomum ao evitar que o Villarreal invertesse a posição. Bakambu (19’) e Carlos Bacca (53’) deram uma vantagem aparentemente confortável aos anfitriões, mas a reacção sevilhista, com dois golos em pouco mais de um minuto — Lenglet (56’) e Vázquez (57’) —, mudou o rumo do jogo, decidido com um penálti que Banega (78’) não desperdiçou.

Em Itália, o Nápoles venceu (0-1) na deslocação ao campo da Udinese graças a um golo de Jorginho (33’), na recarga de um penálti marcado pelo próprio, recuperando assim a liderança da Série A depois de o Inter ter assumido, na véspera, o primeiro lugar provisoriamente. Os napolitanos somam 38 pontos em 14 jogos, contra 36 dos milaneses.

Num pouco habitual terceiro lugar, a Juventus bateu o Crotone por 3-0 e manteve assim vigilância apertada a Inter e Nápoles, enquanto a Roma não foi capaz de vencer em casa do aflito Génova (1-1), apesar de ter estado em vantagem na sequência de um golo de El Shaarawy (59’). Os locais igualaram de grande penalidade (70’) a punir falta de Daniele De Rossi. Ainda assim, a Roma segurou a quarta posição pois a Lazio cedeu (1-1) frente à Fiorentina.

Na Premier League, o Manchester City tremeu mas não caiu na deslocação a Huddersfi eld, onde venceu, por 1-2, e repôs a diferença de oito pontos de vantagem sobre o rival United na liderança da prova, quando estão disputadas 13 jornadas.

Kun Aguero (47’, de g.p.) e Sterling (84’) marcaram os golos que derrotaram o Huddersfi eld Town, formação que ao intervalo até estava em vantagem, na sequência de um golo de Otamendi, na própria baliza (45’). Sterling acabaria por ser o grande responsável pela reviravolta operada pelo líder, forçando o penálti que igualou o jogo logo após o início da segunda parte, e assinando, ele próprio, o golo da vitória, em jogada que iniciou e concluiu com alguma sorte à mistura.

O Arsenal aproveitou a deslocação ao reduto do Burnley para saltar para o quarto lugar da tabela. Os “gunners” tiveram, contudo, que sofrer até ao fi nal para baterem os “clarets”, impondo-se por 0-1 graças a um penálti convertido por Alexis Sánchez, aos 90+2’.

Em França, no jogo grande da 14.ª jornada, o Paris Saint-Germain venceu no Mónaco, por 1-2, com Cavani (19’) e Neymar (52’ de g.p.) a manterem a marcha triunfal dos parisienses na Liga francesa, agora com nove pontos de vantagem sobre o Lyon e a própria equipa de Leonardo Jardim, que ainda respondeu por João Moutinho (81’). Uma reacção, porém, demasiado tardia para evitar a derrota no Principado.

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