Por que há celebridades a pedir a libertação de uma jovem condenada?

Cyntoia Brown foi condenada a prisão perpétua pela morte de um homem que a contratou para ter relações sexuais, quando a jovem era explorada pelo namorado.

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Rihanna Reuters/GONZALO FUENTES
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Cara Delevingne Reuters/SUZANNE PLUNKETT
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Kim Kardashian Reuters/© Eduardo Munoz / Reuters
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Snoop Dogg Reuters/LUCAS JACKSON

Rihanna, Cara Delevingne e Kim Kardashian são algumas das celebridades que estão a pedir a liberdade para uma jovem, Cyntoia Brown, que aos 16 anos matou um homem que pagou para ter sexo com ela.

No Tennessee, em Agosto de 2004, Cyntoia Brown disparou e matou Johnny Mitchell Allen, de 43 anos. Então, a jovem que hoje tem 29 anos, vivia com o seu namorado, que a explorava sexualmente. A troco de dinheiro, a rapariga foi entregue a Mitchell, que se vangloriou de ter muitas armas em casa. A jovem sentiu-se ameaçada e terá atingido o homem em legítima defesa.

Cyntoia Brown foi julgada como adulta e condenada por homicídio em primeiro grau a uma pena perpétua, de que poderá recorrer quando tiver 69 anos de idade. Na cadeia, a jovem tornou-se uma prisioneira exemplar, tendo feito um curso superior. A sua história tornou-se conhecida a partir de um documentário e de uma mensagem que começou a circular e a ser partilhada por celebridades que pedem que Cyntoia seja libertada.

Na semana passada, vários famosos partilharam nas suas redes sociais a hashtag #FreeCyntoiaBrown, como foi o caso da cantora Rihanna, a modelo e actriz Cara Delevingne, a socialite Kim Kardashian, o basquetebolista LeBron James e o rapper Snoop Dogg, exigindo que a jovem seja devolvida à liberdade e criticando o sistema judicial norte-americano.

Entrevistado pela NBC, Charles Bone, advogado da jovem, declarou que aquela estava “chocada e surpreendida” com o inesperado apoio. “Isso é significativo não só para Cyntoia, mas para a causa do tráfico e da escravidão sexual e da justiça juvenil”, acrescentou, informando que lidera uma equipa de advogados que está apostada em lutar por um novo julgamento. “A diferença em 15 anos e 51 anos é uma vida para uma pessoa como Cyntoia”, referiu.

Cyntoia Brown encontra-se a cumprir pena na Prisão para Mulheres do Tennessee, em Nashville. O seu caso inspirou o documentário Me Facing Life: The Cyntoia Brown Story, de 2011.

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