Cristas acusa Costa de governar “para a imagem” e “propaganda"

Assunção Cristas vai escrever carta aos portugueses para entregar em mãos.

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NUNO FERREIRA SANTOS

A líder do CDS-PP acusa o Governo de “governar para a imagem para a fotografia, para a propaganda” ao pagar “com o dinheiro de contribuintes” paga sob a forma de vales de compras, avaliações sobre a sua performance e perguntas” a si próprio, “fazendo lembrar os tempos das crianças contratadas como figurantes”.

Assunção Cristas falava no encerramento da Escola de Quadros do CDS, iniciativa de formação de jovens que terminou este domingo em Peniche. Foi um discurso em que disparou contra o Governo, no dia em que se assinalam dois anos da tomada de funções. O Governo – apontou- está “refém da estratégia umbiguista do primeiro-ministro”, de “vistas curtas”, com “sinais de arrogância democrática e desorientação política”. “É um Governo que tem cometido erros atrás de erros, liderado por um primeiro-ministro refém de si mesmo, do que disse, prometeu e não fez, acossado pela sua ambição e pela incapacidade de ver mais do que o poder no sentido mais puro: o poder pelo poder”, criticou.

Assunção Cristas acusou ainda o Governo de “falta de transparência” em casos como a não divulgação de um capítulo do relatório de Xavier Viegas sobre os incêndios, no “grave e bizarro episódio de Tancos” e no exemplo “dramático” da Legionella mas também nos dados dos tempos de espera na saúde que não correspondem à realidade e ainda na questão do Infarmed.

No rol de críticas da líder do CDS consta ainda a “falta de seriedade e honestidade política” ao chamar a si “o que corre bem” como a Websummit e descartar “para os outros o que corre mal” como o jantar no Panteão Nacional. No dia em que o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, admite em entrevista ao PÚBLICO procurar consensos com o PSD e o CDS em “matérias estruturantes”, Assunção Cristas acusou o Governo de “sectarismo” ao não aprovar nenhuma proposta da oposição – e só os centristas apresentaram 90. “Venham falar-me de consensos”, afirmou.

A líder do CDS anunciou ainda que vai escrever uma carta dirigida a todos os portugueses e que será entregue em mãos na rua, coincidindo com o a iniciativa do dia do distrito. Para essa tarefa, Assunção Cristas pediu ajuda ao partido e à Juventude Popular. A carta será semelhante à que enviou em Lisboa a todos os eleitores – em Fevereiro deste ano enquanto era candidata à câmara – e em que pedia ideias e opiniões. 

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