Jupp Heynckes deixou a sua marca em muito lado, mas dificilmente haverá um clube com tanto significado pessoal como o Borussia de Moenchengladbach, o clube da cidade onde nasceu. Foi no Borussia que Heynckes se mostrou como um dos grandes avançados da história do futebol alemão (289 golos ao serviço do clube) e que conquistou quatro vezes a Bundesliga, e foi no Borussia onde esteve as oito primeira épocas como treinador.

Neste sábado, Heynckes voltou ao Borussia-Park como treinador do Bayern Munique e fez uma cortesia involuntária ao seu antigo clube: os bávaros perderam por 2-1 na 13.ª jornada da Bundesliga e perderam alguma da vantagem que tinham em relação à concorrência mais directa, ainda com a coincidência de ter defrontado um treinador, Dieter Hecking, que teve os seus primeiros minutos como jogador profissional em 1984 graças a Heynckes quando ambos estavam no Borussia.

Foi a segunda derrota na Bundesliga e a primeira que o Bayern sofreu desde que foi resgatar Heynckes da reforma em Outubro passado com o objectivo de reencaminhar rumo às vitórias depois de um início de época desastroso com Carlo Ancelotti. E foi exactamente isso que Heynckes fez, com um pleno de vitórias em cinco jornadas da Bundesliga, mais um pleno de vitórias em três jogos de Champions e um triunfo nos penáltis sobre o RB Leipzig na segunda eliminatória da Taça da Alemanha.

O fim da série vitoriosa de Heynckes começou a desenhar-se aos 39’, com um penálti convertido por um dos irmãos mais novos de Eden Hazard, o também internacional belga Thorgan Hazard. Ainda na primeira parte, o central Matthias Ginter fez o 2-0 para a equipa da casa, confirmando a vitória que eleva o Borussia ao quarto lugar da Bundesliga. Arturo Vidal ainda reduziu aos 74’, mas a vitória não fugiu à equipa da casa.

Este desaire dos bávaros significa que a vantagem para o segundo classificado ficou reduzida a três pontos, já que o RB Leipzig, um dos adversários do FC Porto na Liga dos Campeões, venceu em casa o Werder Bremen por 2-0, graças aos golos de Naby Keita e Bernardo – o internacional português Bruma não saiu do banco. O Bayern manteve os 29 pontos, o Leipzig passou a ter 26.

Mas o título de jogo mais espectacular e imprevisível do dia na Bundesliga vai para o que aconteceu no Westfalen Stadium no jogo entre o Borussia Dortmund e o Schalke 04. A equipa da casa esteve a ganhar por 4-0 até aos 61’, mas sofreu uma recuperação notável dos seus visitantes de Gelsenkirchen e o jogo acabou empatado 4-4, o que fez com que os “amarelos” perdessem a quarta posição para o “outro” Borussia.

Aubameyang (12’), Stambuli (18’, autogolo), Goetze (20’) e Raphael Guerreiro (25’) garantiram uma vantagem que parecia mais que suficiente para a equipa da casa, mas uma última meia-hora arrasadora do Schalke, combinado com a expulsão de Aubameyang aos 72’, nivelou o resultado. Burgstaller (61’), Harit (65’), Caligiuri (86’) e Naldo (90’) foram os responsáveis pela recuperação heróica do Schalke.