Noah aposta em Gasquet para a final da Taça Davis

A Bélgica, liderada por David Goffin, tenta um título inédito. Par francês nunca jogou junto.

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Reuters/PASCAL ROSSIGNOL

Foi há 16 anos que a França conquistou a Taça Davis pela nona e última vez. Depois de perderem as finais de 2002 (com a Rússia), 2010 (Sérvia) e 2014 (Suíça), os franceses têm uma boa oportunidade de voltar a triunfar, ao receberem a Bélgica, em Lille. A selecção novamente liderada por Yannick Noah é favorita, mas nas últimas quatro edições da maior prova de ténis por nações foi a equipa visitante a erguer a “saladeira” de prata. Para já, a surpresa foi a escolha de Richard Gasquet para o par, em detrimento dos especialistas Nicolas Mahut e Julien Benneteau.

“A escolha foi difícil pois todos estiveram bem, mostraram muita concentração desde o início do estágio, que foi muito bom. Mas era necessário decidir qual a melhor equipa possível e para mim foi notório. Os últimos três, quatro dias foram decisivos”, explicou Noah, o último tenista francês a conquistar um torneio do Grand Slam em singulares masculinos. O campeão de Roland Garros de 1983, que já liderou a selecção francesa entre 1991 e 1992 e, mais tarde, entre 1995 e 1998 — conquistando dois títulos (1991 e 1996) —, foi convidado a regressar ao comando no ano passado.

“Há dois anos que vivemos esta aventura. Agora, faz dois meses que nos preparamos para a final. Há anos que pensamos nisto e cá estamos; é um sonho”, afirmou Noah, que seleccionou Jo-Wilfried Tsonga e Lucas Pouille para os singulares e Gasquet para jogar ao lado de Pierre-Hugues Herbert, com a curiosidade de o par francês nunca ter jogado junto. “Há sempre uma primeira vez. Depressa encontram os automatismos no campo. Pierre-Hugues e Richard têm um jogo que se completa muito bem. Para mim, hoje, é a melhor equipa de pares”, frisou Noah.

A Bélgica está pela segunda vez na final, depois de ter perdido o derradeiro encontro da edição 2015, diante da Grã-Bretanha. Nesta segunda tentativa em três anos de conquistar o ambicionado título, os belgas depositam legítimas esperanças em David Goffin, que vem de protagonizar a melhor semana da carreira, nas ATP Finals, derrotando Rafael Nadal e Roger Federer e atingindo a final, que perdeu com Grigor Dimitrov.
Hoje (13 horas), Goffin abre a eliminatória defrontando Pouille, que o derrotou nos três duelos anteriores. A seguir, Tsonga joga com Steve Darcis, adversário que só defrontou uma vez, há 15 anos.

O palco da eliminatória é o moderno Stade Pierre-Mauroy, cuja metade do campo de futebol se sobrepõe à outra, deixando espaço a uma arena. Na final da Taça Davis de 2014 aí realizada, foi registado o recorde de assistência para um único encontro de ténis, com 27.448 espectadores.

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