Mulher mais velha em prisão preventiva em Portugal vai ser julgada por burla

A mulher, de 90 anos, vai começar a ser julgada a 4 de Dezembro em Lisboa.

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A mulher foi detida pela Polícia Judiciária e está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Tires desde Novembro de 2016 Diogo Baptista

A mulher mais velha presa em Portugal, que liderou uma organização acusada de burla, branqueamento e associação criminosa em venda de imóvel que não era seu, vai começar a ser julgada a 4 de Dezembro em Lisboa.

A mulher, de 90 anos e nacionalidade estrangeira, e seis arguidos são acusados de crimes de burla qualificada, tentativa de burla, falsificação de documentos, associação criminosa, branqueamento de capitais. Dois dos arguidos foram igualmente acusados pelo crime de auxílio material.

De acordo com a acusação, em 2016 os arguidos decidiram "engendrar um esquema" com o intuito de vender um imóvel devoluto , avaliado em meio milhão de euros, embora não fossem os proprietários.

Para esse objectivo, formaram uma organização, dentro da qual definiram tarefas para cada um. Uma delas passava por elaborar actas de assembleias gerais, que não se realizaram, de uma sociedade comercial, que seria a proprietária do imóvel, à qual dois deles já tinham pertencido. Nesses documentos, são acusados de falsificar assinaturas.

Com esses documentos falsificados, conseguiram comprovar que eram sócios-gerentes da empresa, junto da Conservatória do Registo Predial, e abrir contas bancárias em nome da entidade comercial, sendo por essa razão acusados de enganarem esses funcionários.

Os arguidos contactaram depois potenciais clientes e conseguiram vender o apartamento em Outubro de 2016, por 400 mil euros, dos quais 300 mil euros foram transferidos para os arguidos.

Com o dinheiro obtido, começaram a fazer levantamentos e a efectuar pagamentos por cartão de débito, entre eles a compra de jóias no valor de 5000 euros.

A mulher foi detida pela Polícia Judiciária e está presa preventivamente no Estabelecimento Prisional de Tires desde Novembro de 2016.

Outros dois cumprem pena de prisão à ordem de processos de burla, falsificação e contrafacção de documentos e receptação, crimes perpetrados diversos pontos do país, depois de terem fugido da prisão durante o período em que integraram a organização criminosa.

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