Marcelo considera que caso "está a avançar para ser encerrado"

Sobre o Infarmed, o Presidente disse que só comenta aquilo que tem de chegar às suas mãos como lei. "E, provavelmente, não chega às minhas mãos como lei", justificou.

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Marcelo falou hoje sobre o Infarmed LUSA/Tiago Petinga
O Presidente esteve em Tancos depois do assalto
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O Presidente esteve em Tancos depois do assalto LUSA/PAULO NOVAIS

O Presidente da República considerou esta quinta-feira que o caso do desaparecimento de material militar de Tancos "está a avançar para ser encerrado" e disse esperar que a investigação do Ministério Público "não demore muito".

Em declarações aos jornalistas, durante uma visita a uma feira de solidariedade, no Centro de Congressos de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi também questionado sobre a contestação no interior do Infarmed à mudança desta instituição para o Porto, mas recusou comentar: "Só comento aquilo que tem de chegar às minhas mãos como lei. E, provavelmente, não chega às minhas mãos como lei", justificou.

Sobre o caso de Tancos, o Presidente da República defendeu que "o que se tem passado são passos importantes", elencando-os. "Primeiro, foi enviada para o Parlamento a documentação pedida. Segundo, o Parlamento já ouviu o senhor Chefe do Estado-Maior do Exército. Terceiro, o Parlamento vai debruçar-se sobre a questão. E, depois do Parlamento, que tem primazia nessa matéria, haverá a fase seguinte, que é a divulgação do que for entendido divulgar sobre as investigações administrativas", afirmou.

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas acrescentou que espera "que a investigação que está entregue ao Ministério Público não seja muito lenta", referindo que "é mais difícil controlar o prazo" desse processo.

"Mas, espero que não demore muito tempo, porque as Forças Armadas só ganham em que não demore muito", reiterou. Interrogado se o caso está encerrado, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que, "de facto, está a avançar para ser encerrado".

"Estão a ser dados passos, agora, no parlamento, depois, a nível de Administração Pública. E depois espero que, tão rápido quanto possível, a nível do Ministério Público, para haver apuramento de factos e, depois, eventualmente, de responsabilidades", repetiu.

Em Junho, o Exército revelou a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois 'paiolins', tendo desaparecido granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros.

Entre o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos estavam "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, segundo a informação divulgada pelo Exército.

Em 18 de Outubro, a Polícia Judiciária Militar anunciou a recuperação do material de guerra furtado na base de Tancos.

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