Como é ser dono de um gato? Estas ilustrações explicam

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Para escrever a tese de doutoramento, Landysh Akhmetzyanova, 30 anos, passou meses a ver Monty Phyton e a ler limericks — poemas de cinco versos que muitas vezes são humorísticos, outras tantas vezes sem qualquer sentido. Isto porque Landysh, que vive em Naberezhnye Chelny, na Rússia, quis estudar o humor inglês. “É muito diferente do humor russo e tem muitas piadas que não podem ser traduzidas porque são baseadas em questões culturais”, conta, por email, ao P3. “Mas há outras com que toda a gente se pode relacionar. Como gatos, por exemplo.”

Landysh, a autora destas ilustrações, é dona de um, Augustus, há dez anos. Ou melhor, é Augustus que é dono dela. “Eu sou uma escrava humana do monstro peludo”, admite. E é a ele que vai buscar a maior parte da inspiração para as situações que ilustra, como o cartoon da rapariga que julga estar a brincar com o gato quando, na verdade, o gato está só a vê-la brincar sozinha, “com o ar mais aborrecido do mundo”, diz.

A ilustradora russa é autodidacta e começou a desenhar para criar conteúdo original para uma escola de inglês online. A escola, que lecciona via Skype, chama-se Lingvistov e emprestou o nome às ilustrações. “Temos um blogue e, em vez de escrever sobre regras gramaticais aborrecidas, escrevemos sobre maneiras diferentes de dizer ‘cala-te’ ou as melhores frases de engate. E, todos os dias, os nossos alunos aprendem expressões novas a partir de piadas ilustradas”, conta. Foi só uma questão de tempo até os alunos quererem usar estas expressões em camisolas. “E depois decidimos abrir a nossa loja online, um mundo encantado que tem o poder de entreter, ligar pessoas e, até, educar”, explica a ilustradora que lhe dá vida.

"Os desenhos fazem as pessoas rirem-se delas próprias porque são sobre o dia-a-dia como o conhecemos", observa. "Têm tudo: a importância da comida, a preguiça, o amor por dormir e a nossa obsessão, justificada, por gatos."

Em 2018, o plano é convidar outros artistas de estilos diferentes a juntarem-se ao projecto e lançar um novo livro. “E o facto de os meus desenhos fazerem as pessoas sorrir é a melhor inspiração que poderia ter para continuar”, conclui.