Multinacional do sector eólico vai instalar-se na Lionesa onde criará 350 postos de trabalho

A dinamarquesa Vestas instala-se no complexo empresarial de Leça do Balio em 2018 para integrar o projecto de ampliação Lionesa 2025. Até 2020 a empresa investirá entre 5 a 10 milhões no Grande Porto.

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ADRIANO MIRANDA / PUBLICO

Entre 5 a 10 milhões de euros é o valor que até 2020 a multinacional dinamarquesa do sector eólico, Vestas, vai investir para a abertura de um centro de inovação no Grande Porto. O anúncio já tinha sido feito pela empresa em Maio deste ano, tendo ficado em aberto a escolha da localização. Já há destino para a estrutura. Em 2018 será instalada em Leça do Balio, na Lionesa, divulgou a direcção do complexo empresarial nesta quinta-feira, dia em que apresentou no Museu do Carro Eléctrico, em Lisboa, o projecto de ampliação do complexo empresarial para o dobro da área, depois de já o ter apresentado na sede em Junho.

São 350 novos postos de trabalho que serão criados na sequência da abertura do centro de Investigação e Desenvolvimento da empresa fabricante de aerogeradores para parques eólicos, que trabalhará em conjunto com outros já existentes em países como Dinamarca (sede), Alemanha, Noruega, Reino Unido ou India. A empresa que está representada em 75 países e conta com cerca de 22 mil trabalhadores procurava em Maio, de acordo com a Lusa, profissionais em áreas como a engenharia eléctrica, engenharia mecânica e engenharia informática.

A instalação da Vestas no resort empresarial de Leça do Balio está enquadrada no projecto Lionesa 2025, que prevê a ampliação da área total do cluster para o dobro - duplica dos actuais 43 mil metros quadrados de área bruta locável para 104 mil. Até 2025 serão cerca de 10 mil pessoas a trabalhar no centro inaugurado em 2002, mais seis mil do que actualmente.

Já em 2018, de acordo com a direcção da Lionesa, a Farfetch, empresa instalada no complexo, actualmente com cerca de mil funcionários, terá capacidade para abrir 300 novos postos de trabalho, resultado da expansão que está a ser levada a cabo.  No mesmo ano arranca também o Reactor, uma parceria entre a Porto Business School, Beta-i, Bright Pixel e Lionesa que visa o apoio à inovação e empreendedorismo, disponibilizando a empreendedores e startups o acesso a áreas como a consultoria, redes nacionais e internacionais ou investimento. No primeiro trimestre é ainda inaugurada uma zona desportiva composta por oito campos de padle.

Uma obra de Siza Vieira a caminho de Santiago

No mesmo dia, a direcção da Lionesa divulgou que os jardins do Mosteiro de Leça do Balio, um dos pontos de passagem de peregrinos que percorrem os caminhos de Santiago, terão espaço reservado para uma escultura de Álvaro Siza Vieira. O projecto já foi aprovado pela câmara de Matosinhos e já tem nome: 234. É o número exacto de quilómetros de distância entre o mosteiro do século XIV, propriedade da empresa desde o início de 2016, e a Catedral de Santiago de Compostela. A “instalação religiosa” alusiva aos caminhos de Santiago, de acordo com documento disponibilizado pela Lionesa, constitui a primeira fase “de um projecto mais vasto” que já se encontra em desenvolvimento no atelier do arquitecto. Terá este projecto em vista a requalificação do património que se ergue no Mosteiro de Leça do Balio “através da valorização patrimonial e da abertura ao uso cultural”.

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