Permissão para voar: há prémios para projectos de fotografia com drone

A DJI e o British Journal of Photography vão seleccionar dois vencedores, que, além de 1500 euros para financiar um projecto, recebem um drone Phantom 4 Pro

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David Kovalenko/Unsplash

Licença para levantar voo e dar asas à imaginação – bem como controlo à máquina. Os drones estão na moda e não é só entre os fãs da tecnologia. A fotografia acolhe cada vez mais imagens que só os drones podiam tirar, principalmente por permitir alcançar ângulos difíceis de cobrir de outra forma. O British Journal of Photography e a empresa de drones DJI, atentos ao fenómeno criado em torno deste objecto voador identificado, criaram uma competição – “DJI Drone Photography Award” - para angariar ideias para um projecto fotográfico que usa um drone para “explorar novas possibilidades criativas”, como é descrito na página do concurso.

O único entrave à participação é ter mais de 18 anos. Fora isso, qualquer pessoa pode enviar a sua candidatura, esteja onde estiver. O que é preciso para concorrer? Além de uma ideia para um projecto, tem de se submeter um conjunto de cinco a dez fotografias, que representem em si uma narrativa ou que estejam conectadas, podendo ser adicionado também um vídeo, como complemento.

Mas vamos ao mais aliciante: os prémios. De entre os concorrentes, a DJI e o British Journal of Photography vão seleccionar dois vencedores que, além de 1500 euros para financiar o projecto proposto, recebem um drone Phantom 4 Pro, da DJI, e serão acompanhados durante a realização da narrativa a desenvolver pelo fotógrafo do The Guardian, Graeme Robertson. O resultado das fotografias do projecto será exibido numa galeria em Londres e estará também online no British Journal of Photography.

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Graeme Robertson sabe bem o que é contar histórias e documentar através de fotografias. Trabalhos com o RNLI (instituição de salvamento de vidas no mar), sobre a educação na Guatemala ou retratos de inclusão social no Uganda fazem parte da obra que o escocês produziu no jornal britânico The Guardian.

Ainda assim, vê nos drones uma nova oportunidade: “Um drone sobe no ar tão rapidamente que temos um ponto de vista completamente diferente sobre um assunto”, explica Graeme Robertson em declarações à Organização Mundial de Fotografia. Apesar das oportunidades, avisa quanto aos excessos e ao fascínio pela rapidez e altura que um drone pode alcançar. “Isto é sobre como um drone pode fazer um projecto melhor. Se eu usar um drone só para poder usar, então não o uso”, diz.

As candidaturas aos dois “bilhetes dourados”, reservados aos melhores projectos apresentados, estão abertas até 14 de Dezembro. 

Texto editado por Sandra Silva Costa

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