V. Guimarães perde na Áustria e complica 16 avos-de-final

Minhotos foram dominados (3-0) pelo Salzburgo, que garantiu o primeiro lugar do Grupo I, e precisam bater o Konyaspor em casa e esperar que o Marselha não pontue na recepção aos austríacos.

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REUTERS/Leonhard Foeger

O V. Guimarães perdeu esta quinta-feira, por 3-0, em Salzburgo, em jogo da quinta jornada do Grupo I da Liga Europa, comprometendo a possibilidade de apuramento para os 16 avos-de-final da competição, na qual segue em último lugar com 4 pontos, agora com o Salzburgo apurado em primeiro lugar, seguido de Marselha (7) e Konyaspor (5). Os minhotos terão que bater o Konyaspor no "berço" e esperar que o Marselha não pontue frente ao Salzburgo, em casa.

O Salzburgo acabou, naturalmente, por exercer a autoridade conferida pela liderança do grupo, criando uma zona de alta pressão de que o V. Guimarães raramente conseguiu sair em condições de sublimar a excelência pedida por Pedro Martins.

Curiosamente, os vitorianos até entraram audazes e decididos, impondo uma presença intimidatória e uma agressividade pensada para surpreender os austríacos. Pretensão ingloriamente boicotada por uma sequência de hesitações a meio-campo, onde faltava Wakaso – transformado em central de recurso – para os duelos que o Salzburgo foi resolvendo, canalizando depois o jogo para os corredores. As laterais acabaram mesmo por revelar-se decisivas na dinâmica que fabricou os golos que inibiram de vez o empenho vimaranense.

Golos com uma história, já que o primeiro surgiu na sequência de um fora-de-jogo não assinalado, pouco depois de Rafael Martins (isolado por Hurtado) ter reclamado uma carga pelas costas. O brasileiro foi puxado por Pongracic, mas o escocês Dallas terá entendido que a intensidade não justificava a queda.

O Vitória ainda respondeu ao golo de Dabbur (27’), mas Rafael Miranda acertou na barra, gorando-se a melhor oportunidade (41’) de toda a primeira parte para os minhotos, que receberam o golpe de misericórdia mesmo em cima do intervalo, por Ulmer (45’+1’).

A segunda parte acabou por confirmar as suspeitas de que a vantagem conquistada pelos austríacos dificilmente seria contestada por um Vitória sem argumentos para ir à procura dos 16 avos-de-final, o que acabaria por confirmar-se pouco depois da entrada do sul-coreano Hee-Chan, autor do 3-0 (67’), seis minutos depois de ter rendido o japonês Minamino.

Pedro Martins trocara, pouco antes, o central Pedro Henrique pelo central Jubal e Hurtado por Héldon, mas o terceiro golo acabou por derrotar animicamente a equipa portuguesa, incapaz de reagir, apesar do livre de Raphinha. O brasileiro acusou de seguida uma dor na perna e o Vitória capitulava.

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