Robinho, jogador brasileiro de 33 que actualmente está ao serviço do Atlético Mineiro, foi condenado nesta quinta-feira a nove anos de prisão por violação em Itália, num caso que remonta a 2013, quando o avançado representava o AC Milan, noticia a agência Ansa.

O crime ocorreu numa discoteca de Milão e, segundo o que o tribunal deu como provado, foi cometido por mais quatro homens. A vítima é uma mulher de origem albanesa. Apesar da decisão da nona secção do tribunal de Milão, há ainda possibilidade de Robinho apresentar vários recursos, pelo que a sentença não será aplicada já.

A decisão judicial explica que os acusados “abusaram das condições de inferioridade psíquica e física da pessoa agredida, que tinha tomado substâncias alcoólicas, com a agravante de lhe terem dado de beber até ficar inconsciente e incapaz de se opor”, cita o jornal La Stampa, que diz ainda que este grupo de homens levou a mulher até ao bengaleiro da discoteca onde realizaram “múltiplas relações sexuais”.

Segundo relata o jornal Corriere dello Sport, o jogador conheceu a vítima, na altura com 22 anos, num jantar na noite em que ocorreu o crime. A denúncia foi feita meses depois do sucedido, tendo sido aberta uma investigação. Robinho prestou declarações à justiça italiana apenas em 2014, negando as acusações. Apesar disso, o Ministério Público pediu que o futebolista fosse detido preventivamente, mas o pedido foi recusado pela juíza encarregue do caso por não existir, na altura, perigo de fuga, de destruição de prova ou de repetição do crime. Depois de concluída a investigação, o Ministério Público pediu uma pena de dez anos de prisão.

A Globo falou com a advogada do brasileiro depois de conhecida a decisão desta quinta-feira, onde esta afirma que o jogador nega que tenha tido "qualquer participação no episódio mencionado".

Robinho chegou ao AC Milan na época 2010/2011 proveniente do Santos. Antes, o internacional brasileiro tinha já passado por clubes europeus como o Real Madrid ou o Manchester City. Foi ao serviço do clube britânico que Robinho se viu envolvido noutro caso de agressões sexuais: em 2009, foi investigado por um crime alegadamente ocorrido numa discoteca de Leeds. Depois de ter sido interrogado pelas autoridades, negando as acusações, foi colocado em liberdade depois de pagar uma fiança. O processo acabou por ser arquivado mais tarde, tendo sido dado como provado que a mulher que acusou o jogador estava a mentir.