Equador pede a Assange para não se meter na crise catalã

Ministério dos Negócios Estrangeiros lembra que o fundador do Wikileaks, que se encontra exilado na embaixada do Equador em Londres, “se comprometeu formalmente a observar uma conduta que seja compatível com a vontade do Estado equatoriano”.

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LUSA/ANDY RAIN/Arquivo

O Governo do Equador pediu ao fundador do site de denúncias Wikileaks, Julian Assange, para não se imiscuir na crise espanhola desencadeada pelo movimento independentista catalão. Segundo cita o El País, Quito afirma que não pretende prejudicar as relações com Espanha, tendo reiterado isso mesmo a Assange.

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Equador refere que o país mantém “laços históricos e culturais” com Espanha e que as declarações de Assange sobre o tema não representam a posição equatoriana sobre a situação catalã, reafirmando que o Governo de Quito defende a “integridade territorial” espanhola.

Julian Assange está exilado na embaixada do Equador em Londres, no Reino Unido, desde 2012, inicialmente para evitar a extradição para a Suécia, onde era procurado por suspeita de crimes de violação, e actualmente por receio de um pedido de extradição por parte dos Estados Unidos, onde é procurado pela divulgação ilícita de milhares de documentos da diplomacia e das Forças Armadas dos EUA.

O ministério equatoriano lembrou que Assange “se comprometeu formalmente a observar uma conduta que seja compatível com a vontade do Estado equatoriano”.

Como recorda o El País, o fundador do Wikileaks publicou nos últimos temos no Twitter várias considerações sobre a crise catalã, dado o seu apoio ao movimento independentista e criticando o Governo liderado por Mariano Rajoy. Além disso, encontrou-se no dia 9 de Novembro com Oriol Soler, empresário que é um dos protagonistas das intenções soberanistas na Catalunha.

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