Não se pode "desbaratar aquilo que deu tanto trabalho aos portugueses"

Sem nunca se referir à questão dos professores, o Presidente diz que "tudo o que venha no futuro a ser decidido não pode pôr em causa esse objectivo fundamental" que é a recuperação financeira do país.

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Marcelo garante que “a posição do Presidente da República e do primeiro-ministro são iguais” neste assunto JOãO RELVAS

Depois de nesta segunda-feira ter dito que “é uma ilusão achar que podemos voltar ao ponto antes da crise”, Marcelo Rebelo de Sousa reforçou um dia depois que não se pode “desbaratar aquilo que deu tanto trabalho aos portugueses”.

Também nesta terça-feira, António Costa disse, falando sobre a contabilização dos nove anos de congelamento das carreiras dos professores, que “é impossível” refazer a história e “que é uma ilusão de que é possível tudo para todos já”, utilizando aqui a expressão do Presidente.

Ressalvando que não se iria referir em particular às reivindicações dos professores relativamente ao congelamento das carreiras, Marcelo disse aos jornalistas na reitoria da Universidade de Lisboa que “a posição do Presidente da República e do primeiro-ministro são iguais no que se trata de não desbaratar aquilo que deu tanto trabalho aos portugueses” e que foi “esta recuperação financeira”.

“Tudo o que venha no futuro a ser decidido não pode pôr em causa esse objectivo fundamental”, realçou, acrescentando que, caso contrário, “o que aparentemente está a ser dado com uma mão, está-se a tirar com várias mãos”.

“O país percebe que aquilo que for necessário fazer em termos de justiça social deve ser feito sem pôr em risco o que é muito importante e foi conquistado até hoje em termos de finanças, de economia e de emprego”, continuou o Presidente. "Esta é uma posição de princípio que este Governo assumiu desde o início e que esteve no Orçamento do Estado para 2016 e 2017, e estou convencido que está até ao fim desta legislatura", disse ainda.

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