É o fim do Daesh, declarou o Presidente iraniano. Hassan Rouhani foi nesta terça-feira à televisão estatal afirmar o fim da organização jihadista. O mesmo fez o comandante sénior da Guarda Revolucionária do Irão, Major-General Qassem Soleimani, numa mensagem enviada ao líder supremo do país. Na véspera destas declarações, o Presidente russo reuniu-se com o homólogo sírio para falar sobre a necessidade de encontrar uma solução política para o conflito na Síria.

As declarações que dão conta do fim do Daesh surgem numa altura em que têm sido publicadas várias fotografias e vídeos das forças Quds, o ramo da Guarda Revolucionária que opera fora do Irão, em confronto contra o autoproclamado Estado Islâmico no Iraque e na Síria, nota a Reuters.

Ainda na semana passada, os meios de comunicação iranianos publicaram fotos de Qasem Soleimani no Leste da Síria, na cidade de Abu Kamal, o território que faltava conquistar aos jihadistas na região, o que levou o exército sírio a declarar vitória total sobre o Daesh naquele território. A Guarda Revolucionária do Irão está do lado do Governo iraquiano e do presidente sírio Bashar al-Assad.

E foi precisamente com Assad que Vladimir Putin se reuniu na segunda-feira, em Sochi, para encontrar uma solução política para a guerra síria, anunciou o Kremlin, esta terça-feira, citado pela Reuters. A Rússia, dois anos depois de ter entrado no conflito em favor do Presidente sírio, busca um consenso que permita assinar um acordo de paz para a Síria. Esta quarta-feira, é a vez de Putin se reunir com os líderes do Irão e da Turquia, garantindo que os Estados Unidos e o Médio Oriente serão informados sobre estas conversas.

Putin acredita que está a terminar a luta contra o Daesh na Síria. "Ainda temos um longo caminho a percorrer antes de alcançar uma vitória completa sobre os terroristas. No entanto, no que diz respeito ao nosso trabalho conjunto na luta contra o terrorismo no território da Síria, esta operação militar está de facto a terminar”, disse o Presidente russo a Assad, na televisão russa, cita a Reuters.