Um bombista suicida provocou esta terça-feira a morte de cerca de 50 pessoas numa mesquita da cidade nigeriana de Mubi. O atentado foi confirmado pelo autarca Ahmed Musa, que acrescentou que há ainda dezenas de pessoas feridas, cita a Reuters. Abubakar Othman, porta-voz da polícia local, indica que o número de vítimas poderá subir devido à gravidade dos ferimentos.

Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque até ao momento, mas o atentado desta terça-feira acontece numa zona de actividade do grupo terrorista Boko Haram. O conflito entre jihadistas e as autoridades da Nigéria começou há oito anos, em 2009, quando o Boko Haram iniciou uma campanha militar para o estabelecimento de um estado islâmico no norte do país. A cidade de Mubi, atacada esta terça-feira, situa-se no estado nigeriano de Adamawa, parcialmente ocupado por militantes do Boko Haram desde 2014.

Este é o mais grave atentado na região desde que um ataque em Dezembro de 2016 em que duas estudantes mataram 56 pessoas quando se fizeram explodir num mercado em Adamawa.

Desde 2015 que o Governo e o Exército afirmam que o Boko Haram está praticamente extinto. No entanto, o grupo terrorista continua a atacar militares e civis na Nigéria.

De acordo com os números mais recentes da Unicef, desde o início deste ano, 83 crianças foram utilizados como “bombas humanas”, 55 das quais eram raparigas – na sua maioria com idades inferiores a 15 anos – e 27 rapazes.

Só este ano, e com o ataque desta terça-feira, morreram já 278 pessoas em atentados bombistas do Boko Haram.