ULS da Guarda instaura processo a funcionário detido por abuso sexual de doentes

Homem de 59 anos terá abusado sexualmente de várias utentes internadas no Departamento de Psiquiatria. O ministro da Saúde diz que "caso lamentável" tem de ser investigado.

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O assistente operacional detido vai ser presente às competentes autoridades judiciárias MARIA JOÃO GALA/Arquivo

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda instaurou um processo de inquérito ao funcionário detido pela Polícia Judiciária (PJ) por alegado abuso sexual de várias utentes internadas no Departamento de Psiquiatria, foi anunciado nesta segunda-feira.

O Conselho de Administração da ULS da Guarda, presidido por Isabel Coelho, refere em comunicado enviado esta segunda-feira à agência Lusa que deliberou "instaurar um processo de inquérito à conduta do funcionário".

"Tendo o CA da ULS da Guarda tido conhecimento, no passado dia 17 de Novembro, de alegados comportamentos anómalos no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da ULS da Guarda, envolvendo um assistente operacional desta instituição e algumas utentes, de imediato entregou o caso à Polícia de Segurança Pública para averiguações", é também sublinhado na nota.

Um assistente operacional do Departamento de Psiquiatria da (ULS) da Guarda foi detido por suspeita de abuso sexual de várias utentes internadas no serviço, anunciou esta segunda-feira a PJ.

Segundo uma nota do Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda, sobre o homem, com 59 anos, "recaem fortes suspeitas da autoria de vários crimes de abuso sexual de pessoas internadas", ocorridos no período compreendido entre Agosto deste ano e a última sexta-feira, "sendo vítimas várias mulheres utentes do Departamento de Psiquiatria da ULS da Guarda". O detido vai ser presente às competentes autoridades judiciárias para primeiro interrogatório judicial e submissão a adequadas medidas de coacção.

Questionado pelos jornalistas sobre o caso, em Lisboa, à margem da cerimónia do aniversário do Hospital Dona Estefânia, o ministro da Saúde disse hoje ter sido informado há dois dias do sucedido. "Naturalmente, trata-se de um caso lamentável sobre o qual tem de se agir em matéria disciplinar e de investigação. Não tenho muito mais informação a não ser a determinação de que seja investigado e apuradas as responsabilidades", referiu Adalberto Campos Fernandes.

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