Acusações entre Benfica e FC Porto estão para durar

“Encarnados” respondem ao caso dos emails com a denúncia de um alegado “novo Apito Dourado”.

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Não há fim à vista para a guerra de palavras que envolve os “grandes” do futebol português. Depois das acusações dirigidas pelo FC Porto ao Benfica, a propósito do caso dos emails, nesta segunda-feira foi a vez de os “encarnados” aludirem a um alegado “novo Apito Dourado”. A estratégia foi semelhante à dos “dragões”, com o canal do clube a servir de veículo para a denúncia.

O porta-voz do Benfica no programa da BTV Chama Imensa, José Marinho, deu conta de um pretenso esquema encabeçado pelo presidente do FC Porto, Pinto da Costa [ver imagem em cima]. “Depois temos Luís Gonçalves, que tem dado nas vistas recentemente pelas ameaças que faz e que depois se concretizam. Decorre uma investigação de um processo por corrupção activa por causa da descida da categoria de Tiago Antunes. Depois há Joaquim Pinheiro, delegado nos jogos do FC Porto B. É um dos rostos do antigo Apito Dourado. É familiar de um delegado da Liga de Clubes”, expôs.

A estes nomes, o Benfica junta os de António Perdigão, ex-árbitro assistente, e Alexandre Morgado, alegados “elos de ligação do FC Porto com a restante estrutura ligada ao Conselho de Arbitragem da AF do Porto”. “Estes factos estão na posse do Ministério Público, do DCIAP [Departamento Central de Investigação e Acção Penal] e das autoridades judiciais. Essas autoridades é que vão dizer se correspondem à verdade ou não”, acrescentou José Marinho, sublinhando que o objectivo deste esquema passa por “condicionar” os árbitros.

O clima de crispação institucional e de críticas à arbitragem tem vindo a agudizar-se, com o fim-de-semana passado a constituir o exemplo mais recente da troca de acusações, na sequência dos encontros dos 16 avos-de-final da Taça de Portugal. Os árbitros já ameaçaram, de resto, avançar com uma greve aos jogos se o ambiente de pressão continuar — uma medida que está, para já, em stand-by.

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