Político do Ohio demite-se após fazer sexo no gabinete

Wesley Goodman era conhecido pelas posições anti-LGBT. Foi apanhado em flagrante, no gabinete oficial, com um homem.

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Wesley Goodman admitiu a veracidade das acusações feitas contra ele DR

Wesley Goodman, até há dias membro da Câmara dos Representantes no Ohio, foi forçado a demitir-se depois de se saber que em público assumia uma feroz postura anti-LGBT (Lésbicas, Gays, Bissxuais e Transgénero), mas que, em privado, usava o seu gabinete naquele órgão estadual para manter relações sexuais com outro homem. A explicação oficial para a sua demissão forçada foi a de que teve uma "conduta inapropriada", apesar de o próprio ter sido omisso no comunicado em que anuncia a sua despedida.

Membro do Partido Republicano, conservador, activista anti-aborto e opositor da igualdade de direitos para pessoas LGBT, Goodman limitou-se a emitir um comunicado em que, além de pedir que se respeite a "privacidade da família e dos amigos", se declara "sinceramente arrependido". "Todos levamos a cabo as nossas batalhas e enfrentamos os desafios na nossa vida pública. Comigo também foi assim e eu estou sinceramente arrependido pelas minhas acções e escolhas, que me afastam de servir, segundop o melhor interesse público, os meus eleitores e o nosso estado", escreveu Goodman, que representava o 87.º distrito eleitoral na câmara baixa do Ohio. "Peço desculpa a todos aqueles que desiludi."

O líder republicano na câmara estadual, Clifford Rosenberger, reconheceu, numa declaração pública, que tomara conhecimento das acusações contra Goodman na terça-feira. A denúncia referia que Goodman seria culpado de "conduta inapropriada no gabinete" que lhe tinha sido entregue para exercer as suas funções naquele órgão. Por outras palavras, Goodman manteve relações sexuais num gabinete da Câmara dos Representantes. O facto de essas relações sexuais terem sido com outro homem apenas são relevantes pelo facto de expor Goodman como um activista "anti-gay" que, em privado, fazia o contrário do que defendia em público e enquanto político que se opunha ao reconhecimento da igualdade direitos entre heterossexuais e homossexuais.

"Encontrei-me com ele mais tarde [nessa terça-feira] e ele reconheceu e confirmou as alegações feitas contra ele", admitiu Rosenberger, em declarações citadas pela agência Associated Press. "Ficou claro que a demissão dele era a decisão mais apropriada para ele, para a família dele, para os eleitores que lhe deram o mandato e para esta instituição", frisou o líder republicano naquela câmara estadual.

No site deste órgão, o nome de Goodman, bem como a sua biografia, foi apagada. O mesmo aconteceu à conta pessoal que mantinha no Fabeook – e no Twitter, a conta passou a ser privada, mantendo assim as mensagens que foi partilhando naquela rede social longe dos olhares do público em geral.

A biografia divulgada por aquela mesma agência de notícias norte-americana descreve Goodman como um "cristão conservador" que, entre outros cargos e missões, "liderou batalhas a favor de políticas conservadoras na área do orçamento, corte de impostos, liberdade religiosa". Além disso, batia-se contra o aborto e contra o programa de saúde conhecido como Obamacare, instituído pelo anterior Presidente dos EUA, o democrata Barack Obama.

A demissão de Goodman é a segunda, no espaço de poucos dias, a acontecer no Ohio, depois de o senador republicano Clifford Hite se ter afastado na sequência de uma acusação de ter molestado sexualmente uma mulher que fazia parte da sua equipa política.

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