Avião da Força Aérea em missão de reconhecimento e avaliação

Subida da temperatura e seca agravam risco de incêndio. Período crítico alargado até ao dia 23.

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As queimadas estão interditas enquanto durar o período crítico de indêncios Sergio Azenha (colaborador)

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou este sábado a realização de um voo de reconhecimento e avaliação, com recurso a uma aeronave da Força Aérea, tendo em conta o agravamento do risco de incêndio florestal.

A monitorização, efectuada através da aeronave EADS C-295M, permite localizar novas ocorrências de incêndios e identificar locais de possíveis reacendimentos e reativações.

Em comunicado enviado à Lusa, o ministério refere que "sempre que for detectado um foco de incêndio ou pontos quentes numa área ardida, com elevado potencial de reacendimento, é efetuado o registo de imagem, com georreferenciação local, garantindo-se imediata análise da situação, através do elemento da estrutura operacional da ANPC [Autoridade Nacional de Protecção Civil], a bordo do avião".

A ANPC já tinha alertado para o perigo de incêndios, a partir do dia 16 de Novembro, face às previsões de subida de temperatura e à seca que o continente atravessa.

"Estão reunidas condições favoráveis à propagação de incêndios rurais na eventualidade de se verificarem ignições do material lenhoso, uma vez que o país atravessa um já longo período de seca e, além disso, existe ainda grande quantidade de material combustível acumulado e suscetível de arder rápida e violentamente nos espaços florestais", alertou a Protecção Civil em comunicado.

No documento a entidade recorda que em locais em que haja um elevado risco de incêndio não é permitida a realização de queimadas, e se o risco for muito elevado não são permitidas fogueiras para recreio, lazer ou cozinhar, nem utilizar equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confecção de alimentos, nem queimar matos ou lançar balões (de mecha acesa) ou foguetes, entre outras medidas.

No dia 17, o Governo optou por prolongar até ao dia 23 de Novembro o período crítico de incêndios, que prevê a proibição de lançar foguetes e fazer queimadas e fogueiras nos espaços florestais.

"Após nova avaliação das condições meteorológicas, o Governo voltou a prorrogar o período crítico de incêndio, tendo em conta a provável ausência de precipitação significativa", refere uma nota publicada no portal do Governo, que cita um despacho do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel João de Freitas.

Já entre os dias 28 e 29 de Outubro a aeronave EADS C-295M realizou missões de reconhecimento e avaliação, em território nacional, tendo em vista detectar incêndios e actividades de risco.     

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