Director do Tesouro detido por suspeita de desvio de dinheiro

É o segundo caso num mês nos órgãos tutelados pelo Ministério das Finanças. No discurso de tomada de posse, João Louenço prometeu dar luta à corrupção dentro do Estado.

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O Presidente de Angola, João Lourenço Reuters

O responsável pelo Tesouro Nacional de Angola, Edson Vaz, foi detido no âmbito de uma investigação a suspeitas de desvios de dinheiro do Estado através de contratos celebrados com empresas fictícias.

De acordo com a notícia publicada este sábado pelo jornal angolano O País, Edson Vaz foi detido na sexta-feira ao final da tarde, no âmbito da investigação a "pagamentos a empresas que não terão prestado serviços ao Estado, sobretudo no domínio das Obras Públicas".

A agência Lusa tentou confirmar a veracidade desta detenção junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC) angolano, mas sem sucesso até ao momento.

O Ministério das Finanças de Angola também ainda não se pronunciou sobre o caso, o segundo do género dentro de órgãos sobre tutela do ministro Archer Mangueira em cerca de um mês.

A 12 de Outubro, num outro processo, o SIC deteve pelo menos cinco altos funcionários da Administração-Geral Tributária por suspeitas de desvio de receitas da cobrança de impostos a empresas importadoras.

Na sequência deste caso, o Ministério das Finanças exonerou um dos administradores, Nikolas Neto, anunciando ter desencadeado diligências internas "para proteção dos direitos dos contribuintes, impedir o descaminho de tributos devidos ao Estado e moralizar a instituição".

A 26 de Setembro, no discurso de tomada de posse, o novo Presidente angolano, João Lourenço, prometeu que o combate ao crime económico e à corrupção seria uma "importante frente de luta" e a "ter seriamente em conta" no seu mandato de cinco anos.

"A corrupção e a impunidade têm um impacto negativo direto na capacidade do Estado e dos seus agentes executarem qualquer programa de governação. Exorto por isso todo o nosso povo a trabalhar em conjunto para extirpar esse mal que ameaça seriamente os alicerces da nossa sociedade", afirmou João Lourenço.

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