Dimitrov e Goffin em final de estreantes

O grande favorito, Roger Federer, foi surpreendido pelo belga nas meias-finais.

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Goffin Reuters/TOBY MELVILLE

Na véspera, David Goffin tinha adiantado que não sabia o que iria fazer na meia-final das ATP World Tour Finals para evitar uma sétima derrota consecutiva diante de Roger Federer. Após a vitória sobre o principal favorito, em três sets, o belga de 26 anos teve uma explicação simples: “Pela primeira vez, joguei o meu melhor ténis e joguei de forma mais descontraída após o set inicial”. Neste domingo, Goffin vai disputar o derradeiro encontro do ano no ATP World Tour com Grigor Dimitov, outro estreante no Masters.

A semana que começou da melhor maneira, com a vitória sobre o número um do ranking, Rafael Nadal, pode terminar com o maior título da carreira de Goffin, que nunca conquistou qualquer torneio Masters 1000 ou do Grand Slam. Para já, é o primeiro jogador desde Nikolay Davydenko, em 2009, a derrotar os dois primeiros do ranking nas ATP Finals.

“Comecei a sentir melhor a bola no final do primeiro set, por isso, quis ser mais agressivo. Sempre que tinha oportunidade de desequilibrar com a resposta ou com o serviço, arriscava, foi essa a chave: servi bem, a direita esteve melhor, fui agressivo, vim para a rede”, explicou o número sete do ranking, após vencer, por 2-6, 6-3 e 6-4.

Federer começou bem, fechando o set inaugural sem enfrentar qualquer break-point. Mas Goffin, que só tinha ganho dois sets nos seis duelos anteriores com o suíço, soltou-se e foi ele que, no início da segunda partida, tomou o ascendente quando concretizou o seu primeiro break-point.

“Foi duro ser ‘quebrado’, depois de ter tido várias oportunidades de fazer o 1-1. Penso que as coisas mudaram a favor dele nesse momento”, admitiu Federer, que não conseguiu acompanhar a subida de nível do belga, embora tenha tido uma ocasião de devolver os breaks em cada set.

Na final, Goffin vai encontrar Grigor Dimitrov, que continua invicto esta semana. Nas meias-finais, o búlgaro ultrapassou Jack Sock em duas horas: 4-6, 6-0 e 6-3. Dimitrov entrou forte e dispôs de dois break-points para 4-0. Começou precisamente aí a recuperação de Sock que, com um segundo break a 4-4, decidiu o set. A segunda partida começou da mesma forma, só que desta vez Dimitrov não desperdiçou a vantagem. No set decisivo, um break colocou o búlgaro a servir a 5-3, mas Sock ainda salvou três match-points e dispôs de dois break-points, antes de ceder na quarta ocasião.

“A minha crença foi muito forte, essa é a coisa mais importante: No terceiro set, mudei as minhas pancadas várias vezes e foi a chave”, resumiu Dimitrov.

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