Hat-trick de Portugal nos prémios da Academia Internacional de Gastronomia

Distinções para o chef Rui Silvestre, o livro A vida e as receitas inéditas do Abade de Priscos e a rubrica Mesa Nacional, da TVI.

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Rui Silvestre Fernando Veludo/NFactos

 

Há mistérios na gastronomia portuguesa a serem desvendados e jovens chefs a afirmarem-se como promessas no panorama da culinária nacional e internacional. A prova mais recente da boa saúde da cozinha portuguesa veio com os prémios atribuídos pela Academia Internacional da Gastronomia (AIG) a Rui Silvestre, chef do Bon Bon, e a Fortunato da Câmara e Mário Vilhena da Cunha, autores do livro A vida e as receitas inéditas do Abade de Priscos. A rubrica da TVI “Mesa Nacional”, da autoria de Paulo Salvador e Ricardo Ferreira, recebeu o Prémio Multimédia.

Esta é mais uma das conquistas de Rui Silvestre, cujo restaurante já ganhou uma estrela Michelin, distinção que o tornou no mais jovem chef português a alcançar o feito. No Carvoeiro, o Bon Bon apresenta pratos que privilegiam os produtos locais do Algarve, numa simbiose entre a técnica francesa e a frescura dos alimentos que fazem a diferença na cozinha da região. Para Rui Silvestre, receber o prémio "Chef de l'Avenir" da AIG "representa um enorme reconhecimento, a nível nacional e internacional”.

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Esse reconhecimento também foi concedido aos autores do livro A vida e as receitas inéditas do Abade de Priscos, ao qual foi atribuído o Prémio de Literatura Gastronómica. Publicado em 2016, o livro, que desmistifica a história da figura do abade e resgata pratos esquecidos, já recebeu o prémio Gourmand Award no mesmo ano, na categoria de História Culinária.

Texto editado por Sandra Silva Costa

A obra conta com diversas receitas perdidas que estariam num livro desaparecido do Abade de Priscos. São 40 as receitas que os autores revelam, levantando o véu sobre um dos grandes mistérios da culinária portuguesa. O livro contempla ainda “fotos pessoais, documentos e manuscritos publicados pela primeira vez" desde a morte do Abade de Priscos, em 1930. Mário Vilhena da Cunha é familiar desta "figura lendária", e é através dele que chegam as memórias e iconografia presentes no livro. Já Fortunato da Câmara é crítico gastronómico no Expresso desde 2015, tendo já colaborado com a Fugas.

O objectivo dos prémios da AIG é “distinguir o trabalho de personalidades e instituições que promovem a gastronomia”. As distinções serão entregues no dia 20 de Novembro, na próxima segunda-feira, no mesmo dia em que se realiza o jantar anual da Academia Portuguesa de Gastronomia.

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