FNE apela ao Parlamento para resolver progressão dos professores

Nesta quinta-feira à noite, no final de uma reunião negocial com o Governo, João Dias da Silva disse que “os professores têm razões para estar muito preocupados”.

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Dias da Silva referiu que não foi apresentada nenhuma proposta formal Nuno Ferreira Santos

O líder da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, apelou nesta quinta-feira à noite aos deputados para que façam o que o Governo não quer fazer: “Respeitar os professores”, inscrevendo já na Lei do Orçamento de Estado para 2018 uma norma que consagre a contagem do tempo de serviço dos docentes para efeitos de progressão, que já tenha algum efeito remuneratório no próximo ano.

Os grupos parlamentares do BE e do PCP já anunciaram que vão apresentar propostas nesse sentido. O período para apresentar propostas de alteração ao OE termina nesta sexta-feira.

Dias da Silva falava no final de mais uma ronda de negociações com as secretárias de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, e do Emprego Público, Fátima Fonseca. No encontro, estas confirmaram que o Governo pretende adiar para 2020 a existência de qualquer impacto orçamental derivado da progressão de todos os professores, embora esteja disposto a contabilizar sete dos nove anos do congelamento das carreiras para este efeito.

Segundo o líder da FNE, da proposta do Governo resultaria que o faseamento desta progressão só se iniciará em 2020, o que levaria a que esta só estivesse concluída no final de mais duas legislaturas.

Dias da Silva referiu que não foi apresentada nenhuma proposta formal, tendo apenas sido apresentados “comentários e observações” que constituem o ponto de partida do Governo. No princípio da semana será enviado um documento aos sindicatos, mas para já não há mais reuniões marcadas. “Os professores têm razões para estar muito preocupados”, frisou o líder da FNE.

Dias da Silva adiantou que “há alturas para dizer basta” e que “a resposta dos professores poderá chegar mais cedo do que as propostas do Governo”.

A reunião com a Federação Nacional de Professores (Fenprof) iniciou-se pelas 21h, mas a delegação da FNE vai permanecer no Ministério da Educação até que esta acabe, sendo provável que ainda nesta quinta-feira haja alguma posição conjunta das duas estruturas sindicais.

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