Galiza na Biblioteca Oeirense e José Afonso coral em Lisboa

O grupo galego Barahúnda actua esta sexta-feira em Oeiras, no lançamento de um livro sobre Jacinta Landa Vaz, e sábado no Fórum Lisboa, num concerto dedicado à obra de José Afonso.

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O grupo Barahúnda, da Galiza ALBANO CRUZ
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Cramol, grupo coral de mulheres da Biblioteca Operária Oeirense RUI GAUDÊNCIO
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Identificação de Jacinta Landa Vaz para o seu pedido de asilo ao México, em 1939 DR

O primeiro pretexto é um livro com CD: O Legado Sonoro de Jacinta Landa Vaz – Galiza, Portugal e Extremadura, da autoria dos professores José Luis do Pico Orjais, Domingos Morais e Pilar Barrios Manzano. Será lançado esta sexta-feira, em Oeiras, na Biblioteca Operária Oeirense (às 21h), com apresentação de Paula Godinho (IHC, Instituto de História Contemporânea, Universidade Nova de Lisboa), Salwa Castelo-Branco (INET-MD, Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança, Universidade Nova de Lisboa) e Ana Paula Guimarães (IELT, Instituto de Estudos de Literatura e Tradição, Universidade Nova de Lisboa). Apresentado o livro, haverá actuações dos grupos Barahúnda (de Rianxo, Galiza) e Cramol (de Oeiras, Portugal).

Nascida em 3 de Novembro de 1894, extremenha de nascimento e de mãe portuguesa, Jacinta Landa Vaz é uma figura histórica do património cultural de terras de Galiza e Extremadura. Professora, fundou durante a ditadura de Primo de Rivera a Escola Plurilingue. Essa ousadia pioneira, aliada ao seu comprometimento com a República, acabou por forçá-la a pedir exílio ao México como refugiada política, em 1939. Foi aí que gravou, a capella, um repertório musical que aprendera na sua pátria, na infância. Dessas gravações, entregues numa primeira fase aos filhos e depois aos netos, há agora testemunho no CD que acompanha o livro agora lançado pela editora Chave Mestra. Jacinta Landa Vaz manteve-se no México até morrer, em 13 de Julho de 1993.

No dia seguinte ao do lançamento do livro, o grupo galego Barahúnda participa também num concerto dedicado à obra e à memória de José Afonso, Cantai Rapazes, Dançai Raparigas, cujo título provém de uma das suas canções, Enquanto há força, de 1978: “Enquanto há força/ No braço que vinga/ Que venham ventos/ Virar-nos as quilhas/ Seremos muitos/ Cantai rapazes/ Dançai raparigas/ E vós altivas/ Cantai também.”

O concerto, dia 18, no Fórum Lisboa, às 17 horas, já se encontra esgotado, segundo a Associação José Afonso, que o organiza. Nele, ouvir-se-ão primeiro harmonizações para coro a capella de obras de José Afonso, pelo Coro Infantil da Universidade de Lisboa, o Coro da Universidade de Lisboa e o Grupo Coral ViVa Voz. Depois, actuará o Barahúnda, com versões próprias das canções do celebrado compositor. Por fim, será a vez do cantor Francisco Fanhais, acompanhado por Constança Nobre (harpa), Jorge Silva (piano), José Manuel David (piano e flauta), Nuno Fernandes (contrabaixo), Ricardo Mota (violoncelo), Rui Júnior (percussão) e Rui Pato, um dos históricos acompanhantes de José Afonso na sua primeira fase de baladas e canções (viola).

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