Museus de Lisboa abrem-se à primeira edição da Festa das Palavras

Realiza-se este fim-de-semana a Festa das Palavras, com histórias contadas a miúdos e graúdos nos diversos pólos do Museu de Lisboa.

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Nos dias 17, 18 e 19 de Novembro, o Museu de Lisboa traz a três dos seus núcleos - Teatro Romano, Santo António e Palácio Pimenta - a primeira edição da Festa das Palavras em que objectivo será “descobrir as histórias que os livros, as canções, a cidade e o Museu nos contam”.

O Museu de Lisboa é um museu polinucleado, constituído por cinco espaços distintos: Palácio Pimenta, Teatro Romano, Santo António, Casa dos Bicos e Torreão Poente. Cada um dos pólos tem temáticas próprias e exposições de longa duração que pretendem contar a história de uma das mais antigas cidades da Europa.

Com a sua sede no Palácio Pimenta, no Campo Grande, aberta ao público desde 1979, foi apenas recentemente que se deu a junção de todos os núcleos e por isso a Festa das Palavras toma outra importância na divulgação dos vários núcleos do museu.

A Festa das Palavras, onde o importante é a tradição oral, pretende convidar o público a ouvir histórias variadas, aproveitando espaços com atmosfera histórica para servirem de palco aos mais variados artistas.

“Palavras foi o tema escolhido pois temos um teatro, e desde a época romana que é utilizado para passar palavras por comédias e tragédias”, declara Paulo Cuiça, coordenador do serviço educativo do Museu. “Apesar do mundo estar cada vez mais digital acreditamos que as pessoas aderem a ouvir a história contada - é só preciso convencer”, acrescenta.

A programação promete assim algo para todos, desde sessões para miúdos a outras para graúdos com contos de autor, lengalengas ou lendas de Alexandre Herculano interpretadas por contadores de histórias profissionais como Rodolfo Castro e Cristina Talequim, e até histórias “com bolinha”, destinadas apenas a maiores de 16 anos, por terem algum “mal dizer e pecado”, contadas por Patrícia Muller.

“Há histórias em todo o lado. O objectivo passa por utilizar os museus de forma diferente, criando algo para todas as idades”, afirma Mariana Botelho do gabinete de comunicação do Museu de Lisboa. O programa prevê até histórias cantadas, ou “histórias com música” que se revelam nas canções escritas por Mariana Norton, nos fados lisboetas explicados e interpretados por Rodrigo Costa Félix ou nos passeios cantados de Luiz Caracol.

Além disso haverá jogos e actividades como Cluedo, no Palácio Pimenta, bem como visitas informais guiadas por técnicos do Museu, que pretendem oferecer curiosidades por detrás das peças expostas. “Enquanto museu a promessa é aprendizagem e conhecimento e por isso se for possível transformá-los em diversão, melhor”, conclui Paulo Cuiça, do serviço educativo.

Os bilhetes diários custam 3€ e permitem entrar várias vezes durante um dia num mesmo espaço ou núcleo, existindo ainda um passe para os três dias com um custo de 5€ que permite entrar várias vezes nos três dias, nos três espaços.

Consulte o programa aqui

Texto editado por Abel Coentrão

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