O Lápis Mágico de Malala chega a Portugal

Livro da activista paquistanesa Malala Yousafzai é editado pela Presença.

Foto
Reuters/ANDREW KELLY

O livro ilustrado para a infância O Lápis Mágico de Malala, da jovem activista paquistanesa Malala Yousafzai, Nobel da Paz em 2014, é editado este mês em Portugal.

Trata-se de um conto autobiográfico no qual a jovem tenta transmitir uma das maiores batalhas pela qual é conhecida: a defesa do direito das raparigas irem à escola e terem acesso à educação. Na história, Malala diz que sonhava ter uma lápis mágico para poder desenhar vestidos bonitos para a mãe ou para desenhar "meninas e meninos, todos eles com direitos iguais".

Neste primeiro livro para a infância, Malala revela que, com o poder da escrita, conseguiu chamar a atenção internacional: "Escrevia sozinha no meu quarto, mas pessoas em todo o mundo liam a minha história. (...) Finalmente encontrei a magia que procurava, nas minhas palavras e no meu trabalho".

Sobre o ataque que sofreu em 2012, quando foi atingida a tiro na cabeça por elementos do Movimento dos Talibãs do Paquistão, o livro é omisso, com Malala a escrever sob um fundo negro: "A minha voz tornou-se tão poderosa que os homens perigosos tentaram silenciar-me. Mas falharam."

A jovem paquistanesa, que desde 2009 criticava a violência dos talibãs e defendia a educação das raparigas no Paquistão, sobreviveu ao atentado e recebeu vasto apoio da comunidade internacional.

Em 2014, com 17 anos, tornou-se na mais jovem personalidade a receber o Prémio Nobel da Paz, partilhado com o activista indiano Kailash Satyarthi, de 60 anos. Na cerimónia em Oslo, Malala prometeu lutar até que a última criança seja escolarizada.

A jovem vive actualmente no Reino Unido, onde neste ano lectivo entrou para a universidade.

O Lápis Mágico de Malala, que sai este mês pela Presença, tem ilustrações de Sébastien Cosset e Marie Pommepuy, que assinam em conjunto como Kerascoet. Em Portugal está ainda editado o livro Eu, Malala (2013), no qual a activista conta a história de vida, dirigida a um público adolescente.

Sugerir correcção
Comentar