Sindicato da polícia pede reunião de urgência com PGR

Sinapol diz que vê com "elevada preocupação e revolta" o aumento "de agressões físicas e verbais" contra agentes da PSP.

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Fabio Augusto

O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) pediu uma reunião urgente com a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, devido ao crescimento do número de agressões físicas e verbais de que são alvo os agentes da polícia.

O caso das agressões a polícias saltou para a ordem do dia depois da divulgação de um vídeo nas redes sociais onde se mostrava uma agressão, ocorrida a 1 de Outubro, em Lisboa, contra um agente que se encontra de baixa desde então.

“É com elevada preocupação e revolta, que o Sinapol tem vindo a tomar conhecimento diário, do acréscimo de agressões físicas e verbais que os agentes da PSP são sujeitos”, explica o sindicato em comunicado.

“Consideramos que este tipo de situação está a tomar proporções incontroláveis, e que algo precisa de ser feito de forma urgente”, continua.

Na altura da divulgação do referido vídeo, o presidente do Sinapol, Armando Ferreira, dizia ser “triste verificar que colegas continuam a ser agredidos e nada é feito pelo poder judicial e institucional”, referindo em declarações ao PÚBLICO que cada vez são mais os casos deste género.

“Em média quatro polícias sofrem agressões diariamente”, afirmou ainda Armando Ferreira, preocupado com o número que diz ter vindo a aumentar (em 2017, o Relatório Anual de Segurança Interna, citado pelo Jornal de Notícias, dava conta de que, em média, são agredidos cinco polícias diariamente). “A par do fenómeno dos suicídios, este é o mais crescente no seio das forças de segurança. Os polícias nada fizeram no vídeo, nem puxaram do bastão. Se é esta a polícia que querem ter, é esta a polícia que vão ter”, diz.

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