Representantes das Canárias defendem ligação marítima com ilhas portuguesas

Elba Cabreira, responsável pelo grupo de empresas com actividade marítima no arquipélago espanhol, sublinha que "há muitíssimos pontos de interesse em empresas das Canárias e da Madeira".

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O sector marítimo é estratégico para os arquipélagos da Macaronésia Enric Vives-Rubio

A responsável pelo agrupamento de empresas com actividade marítima nas Canárias defendeu hoje uma ligação por mar entre aquele arquipélago espanhol e a Madeira, sugerindo a elaboração de um estudo sobre os possíveis interesses.

"Faz falta uma conexão marítima. Agora estamos a trabalhar, nas Canárias, numa ligação para África e deveríamos fazer um estudo sobre esse interesse que pode haver em transportar, por mar, mercadorias e passageiros entre as Canárias e a Madeira", afirmou Elba Cabreira, responsável do Cluster Marítimo das Ilhas Canárias.

Elba Cabreba falava à margem da sessão de apresentação do projecto CLUSTERING — Cooperação intercluster para a internacionalização e inovação das pequenas e médias empresas da Macaronésia (Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde), que decorreu esta segunda-feira no Funchal.

O projecto tem reservados 450 mil euros, ao abrigo do programa comunitário Interreg, e visa estabelecer uma aliança estratégica baseada nas prioridades de investigação e inovação e na implementação de acções conjuntas de internacionalização, num programa com 137 empresas.

"Há muitíssimos pontos de interesse em empresas das Canárias e da Madeira e temos de trabalhar esses sectores de interesse. Neste momento as universidades são sectores que geram muitas sinergias entre elas e, em conjunto, pretendemos trabalhar a náutica de recreio, sendo este um sector com grande potencial de crescimento e, sobretudo, um sector que nos une de forma muito forte, a todos os arquipélagos da Macaronésia", disse.

Também o chefe do departamento de inovação do Instituto Tecnológico das Canárias, Guillermo Martín, reconheceu a necessidade da existência de uma ligação marítima interilhas, justificada com a carência de coordenação entre os arquipélagos, já que desta forma se potencializam as sinergias.

"São agrupamentos de empresas inovadoras em que participam as empresas, os governos, a administração pública e as universidades. São pessoas muito importantes na Europa para cooperar no desenvolvimento de projectos de investigação, desenvolvimento de cooperação em inovação e poder optar por mercados internacionais", explicou.

O sector marítimo é estratégico para os arquipélagos da Macaronésia, sublinhou, referindo que essa importância é particularmente importante para as Canárias no caso do turismo.

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