Congresso debate circulação e outras liberdades para o espaço lusófono

Em Sintra e em Lisboa, segunda e terça-feira, o V Congresso da Cidadania Lusófona debate laços e liberdades no espaço dos “países e regiões do espaço lusófono”.

Foto
Adriano Moreira (aqui entre reitores) é um dos participantes MIGUEL MANSO

Discutir as “Liberdades de Circulação & outras liberdades para o espaço lusófono” é o objectivo do V Congresso da Cidadania Lusófona, que se realiza no início desta semana, segunda-feira dia 13 em Sintra, no Palácio Valenças, e terça-feira dia 14 no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa. O conceito, que já deu lugar a cinco congressos desde 2013, nasceu num Encontro Público na Sociedade de Geografia de Lisboa, em 24 de Fevereiro de 2012, subordinado ao tema “A Importância da Lusofonia”. Um ano depois, no mesmo local, e já “com representantes de todos os oito países da CPLP”, o que não tinha sido possível em 2012, realizou-se então o I Congresso Cidadania Lusófona, sob o lema “A Afirmação da Sociedade Civil”. A partir daí, sempre na Sociedade de Geografia, o congresso realizou-se todos os anos. Em 2014, o II discutiu “Que prioridades na cooperação lusófona?”; em 2015, no III, “A importância das diásporas”; e em 2016, no IV, já dividido entre o espaço da Sociedade de Geografia e a Universidade Lusófona, o tema foi “O Balanço da CPLP”.

Todos “cidadãos lusófonos”

Desde o início que a iniciativa destas reuniões tem sido impulsionada pelo Movimento Internacional Lusófono (MIL), cujo presidente, Renato Epifânio, repete na convocatória do V Congresso, o de 2017, uma ideia que esteve na base de todos eles: “Assumimo-nos, naturalmente, como cidadãos portugueses, por um lado, e como cidadãos do mundo, por outro. Assumimo-nos ainda, com a mesma naturalidade, como cidadãos europeus. Mas ainda não nos assumimos tão naturalmente como cidadãos lusófonos.” Por isso, diz ele, chegará o dia “em que, naturalmente, nos assumiremos, todos, como cidadãos lusófonos.”

Daí que, agora a discussão se centre no tema das liberdades, procurando, dizem, “promover uma reflexão conjunta sobre algumas liberdades que deveriam existir no espaço lusófono: desde logo, a liberdade de circulação e de residência, entre outras.” A coordenação deste V congresso está a cargo do MIL e também da Sphaera Mundi: Museu do Mundo, da Aecode (Associação de Especialistas para a Cooperação e Desenvolvimento) e da Anproport (Associação Nacional de Professores de Português), com apoio de várias entidades, como a Sociedade de Geografia ou a Câmara de Sintra, esta pela cedência do Palácio Valenças.

Distinguir Pinharanda Gomes

No primeiro dia, antes da apresentação do número 20 da revista Nova Águia, haverá um painel com intervenções de Adriano Moreira, Ângelo Cristóvão, Duarte de Bragança e Lauro Moreira. No dia seguinte, já no Liceu Pedro Nunes, discutir-se-á o tema proposto, com representantes de instituições dos vários países do denominado “espaço lusófono”. As conclusões serão apresentadas numa sessão às 16h pelos vários moderadores: Abel de Lacerda Botelho, Alarcão Troni, Alexandre da Fonseca, Annabela Rita, António Gentil Martins, Eugénio Anacoreta Correia, Garcia Leandro e Guilherme d’Oliveira Martins.

Também organizado pelo MIL e pela revista Nova Águia, a ele associado, haverá nos dias seguintes, de 15 a 18 de Novembro, um festival literário em Fátima, o II Festival Tabula Rasa, onde será distinguida a obra de Pinharanda Gomes. Nele participam também Adriano Moreira e Guilherme d’Oliveira Martins, entre várias outras personalidades. Caberá ao escritor Miguel Real apresentar, no último dia, a justificação da entrega do Grande Prémio Tabula Rasa Vida e Obra a Jesué Pinharanda Gomes, que fará depois uma intervenção.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários