Em Almada, CDU assume oposição a Inês de Medeiros

Comunistas não gostaram de ver a autarca atribuir pelouros importantes aos eleitos do PSD

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Inês de Medeiros garantiu maioria com apoio do PSD Daniel Rocha

A CDU passou da cadeira do poder, em Almada, para a da oposição. E se isso ainda não estava claro, uma nota divulgada este sábado pela coligação não deixou margem para dúvidas. “Ainda que arredados de responsabilidades de gestão na Câmara Municipal de Almada, os eleitos pela CDU intervirão permanentemente pelas vias que a vida democrática coloca à sua disposição nos órgãos municipais e em todos os momentos julgados adequados no sentido da salvaguarda dos inalienáveis direitos dos cidadãos do nosso concelho”, lê-se no documento.

A posição da CDU é tomada na sequência da atribuição de pelouros ao PSD, com quem a autarca eleita pelo PS, Inês de Medeiros, acabou por fazer um acordo de governabilidade. A CDU considera que os sociais-democratas não dispõem de “expressão política e apoio eleitoral” que justifique a gestão de áreas tão importantes como a energia, os espaços verdes, a rede viária ou os transportes. Além disso, os comunistas temem que a entrada do PSD para o conselho de administração dos SMAS ponha em causa a manutenção de uma gestão pública e municipal da água.

“O cenário desenhado a partir destas decisões de início de mandato permite concluir que o caminho seguido pela força política vencedora — o PS — (...) comporta um sério risco ruptura com a gestão de rigor, excelência e solidez prosseguida em Almada pela CDU”.

Inês de Medeiros, eleita presidente da Câmara de Almada pelo PS, ainda acreditou estar muito perto de fazer história, juntando no mesmo executivo todas as forças políticas que conquistaram mandatos nas últimas eleições. Mas não conseguiu. 

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