J. K. Rowling, Stephen King e outros autores contra os 280 caracteres

Alguns dos mais famosos escritores da actualidade pronunciaram-se contra o novo limite de caracteres da plataforma.

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REUTERS/David Moir

Segundo J. K. Rowling, o Twitter autodestruiu-se com o novo limite de caracteres. A rede social que até esta semana só permitia aos seus utilizadores 140 caracteres por publicação aumentou esse número para 280.

A resposta de vários autores não foi comedida. Defendem que a brevidade dos tweets obrigava as pessoas a serem mais perspicazes na forma de escrever e que isso vai perder-se com a nova política da plataforma. 

"O objectivo, para mim, era o quão criativas as pessoas podiam ser dentro daquele enquadramento conciso", escreve J.K. Rowling, num tweet de precisamente 140 caracteres. Stephen King veio, pouco depois, corroborar as palavras da autora de Harry Potter, escrevendo simplesmente "o que ela disse". Neil Gaiman deu continuação à cadeia de tweets acrescentando, num tom humorístico, "o que ele disse que ela disse". Lin-Manuel Miranda veio fechar o círculo, escrevendo "o que eles disseram".

Stephen King acrescentou ainda algumas palavras suas acerca da decisão do Twitter. "280 caracteres? Que se lixe" (ou, em na versão original, fuck that).

Celeste NG, autora de Tudo o que Ficou por Dizer, deixou um conselho ao Twitter, detalhando exemplos de coisas mais úteis que poderia estar a fazer. "Banir permanentemente supremacistas brancos e grupos focados em fomentar o ódio" e "banir o @realDonaldTrump por violar os termos do Twitter" foram dois dos exemplos. 

Outros autores mostraram-se menos indignados e foram mais regozijantes. "O meu pai e o pai dele e o pai dele antes disso – todos tínhamos apenas 140 caracteres", escreveu o autor americano Mat Johnson.

O Twitter tinha anunciado, já no final de Setembro, que estava a pensar expandir o limite de caracteres brevemente, mas a medida só se tornou efectiva esta semana.

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