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Um “Atlas da Beleza”, uma ode à diversidade das mulheres

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Em 2013, numa viagem à Etiópia, tudo mudou. Na altura, para Mihaela Noroc a fotografia era apenas um hobby, mas as mulheres com quem se cruzou fizeram-na mudar o rumo. "A maioria delas estava a lutar e a trabalhar muito e às vezes eram discriminadas enquanto mulheres. Mas mesmo nestes ambientes duros, elas estavam a brilhar como estrelas — com dignidade, força e beleza", conta a romena de 32 anos, num comunicado enviado ao P3. "Se há tanta diversidade e tantas histórias num só país", pensou, "como será no resto do mundo?" Estava traçado o plano. Deixou o trabalho, pôs a mochila às costas, a câmara fotográfica a tiracolo e decidiu dar a devida "atenção" às "maravilhosas mulheres" deste mundo, captando, de uma "forma natural e serena", a "verdadeira beleza". Que, para ela, significa "diversidade", lá está, e não o que o Google oferece ao procurar por "mulher bonita", o que a sociedade parece entender como ideal de beleza. "Nas ruas do mundo, a beleza tem muitas mais facetas. Só temos de abrir os olhos e vê-la. No fim de contas, a beleza está nas nossas diferenças, tem a ver com seres tu própria, natural e autêntica, não com tendências, raça ou status social." No seu The Atlas of Beauty, Atlas da Beleza numa tradução literal, Mihaela tenta mostrar que a beleza "não tem fronteiras" e que a diversidade "é um tesouro", não uma "causa de conflitos". E mostra-o concentrando-se nelas, precisamente porque, em todo o mundo, são elas que são "bastante pressionadas" no que toca à sua aparência e são elas que são alvo de "muita discriminação". "Percebi que um projecto honesto sobre as mulheres do mundo, sobre as suas lutas e os seus sonhos, era realmente necessário." Até agora, pela lente da sua câmara já passaram mais de duas mil mulheres de todos os cantos do mundo (inclusive Afeganistão, Coreia do Norte, Irão e também Portugal), de todos os continentes excepto Antárctida. Quando a retratada pode, deixa-se ficar, a ouvir a sua história; outras vezes, tem de ser rápida, fazer tudo em menos de um minuto. Certo é que tenta sempre "fazê-la sentir-se especial, orgulhosa e única". O projecto, que começou por pura carolice com os seus próprios meios, tornou-se entretanto bastante popular, em parte graças às redes sociais — agora inspirou um livro, The Atlas of Beauty, lançado em Setembro, com 500 retratos de mulheres oriundas de mais de 50 países. Uma forma de Miahela conseguir continuar o projecto. E de fazer com que a sua "mensagem de amor, aceitação e beleza dure". Para sempre.

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