Moschino lança um vestido saído da lavandaria

A marca é conhecida pelas suas propostas irreverentes. A mais recente é um vestido de 598 euros, inspirado no plástico que as lavandarias utilizam para proteger as peças de roupa.

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D.R.

A Moschino adora os seus clientes – dizemo-lo não como resultado de uma análise profunda sobre tipo de atendimento da marca italiana, mas porque esta o escreveu num vestido que simula o plástico de protecção com o qual as lavandarias entregam as peças de roupa.

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A Moschino adora os seus clientes – dizemo-lo não como resultado de uma análise profunda sobre tipo de atendimento da marca italiana, mas porque esta o escreveu num vestido que simula o plástico de protecção com o qual as lavandarias entregam as peças de roupa.

O vestido comprido foi apresentado durante a semana de moda de Milão, em Fevereiro, e está agora disponível em sites como a Farfetch e a Browns, por 598 euros. É feito de poliéster e marcado com as frases que tipicamente se vêem nos sacos de plástico das lavandarias: "We love our costumers" – no topo –, "Moschino's Cleaners" e "free pick up and delivery", repetido ao longo da frente.

Ironicamente, o vestido vem com a indicação "não lavar/não lavar a seco". Se quiser experimentar o look de lavandaria, convém vestir qualquer coisa por baixo, dado que a peça é transparente.

"O vestido exibe o tema económico do desfile de Outono/Inverno 2017 da marca", lê-se na descrição do produto. Nessa mesma passerelle, desfilaram também Kendall Jenner, com um conjunto de saia e casaco claramente inspirado numa caixa de cartão desconstruída – daquelas que se usam na mudança de casa – e outras modelos com vestidos que se assemelhavam a velhos tapetes e cortinas. Maria von Trapp até poderia ter aparecido no final, ao lado do criador Jeremy Scott. 

No mais recente desfile da marca, durante a semana de moda de Primavera/ Verão de 2018, a Moschino transformou algumas das modelos em autênticos bouquets de flores.

A marca é conhecida pelo uso de ícones da cultura pop nas suas colecções – como os arcos dourados da McDonald’s, a Barbie e, mais recentemente, o My Little Pony –, por vezes controversos. Já apresentou, por exemplo, uma carteira em forma de frasco de comprimidos, outra com uma versão estilizada do logótipo da cadeia de fast food e um perfume com formato de um spray de limpeza.

Mas a Moschino não a única a reinterpretar objectos comuns, tidos normalmente como algo de baixo valor. Já o fez, por exemplo, a Balenciaga, com um saco azul de 1700 euros que era um elogio ao Ikea – e até mereceu uma resposta por parte da gigante sueca