Advogado Simão Santiago morreu vítima de Legionella

DGS anuncia 34 contaminados com Legionella. Entre as duas vítimas mortais encontra-se destacado advogado de esquerda.

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Nelson Garrido

O advogado Simão Santiago é uma das vítimas mortais do surto de Legionella que contraiu no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa.

O velório será na Igreja dos Jerónimos, em Lisboa, devendo seguir o cortejo fúnebre para Trancoso, terra de onde era natural. A data só será conhecida depois de o Ministério Público libertar o corpo que recolheu para autópsia.

Simão Santiago, de 77 anos, faleceu segunda-feira num hospital privado, onde foi internado depois de se sentir mal. Dias antes, Simão Santiago tinha recorrido aos serviços do Hospital S. Francisco Xavier, para fazer exames.

Simão Santiago foi chefe de gabinete do secretário de Estado da Indústria João Martins Pereira, que estava sob tutela do ministro da Indústria e Tecnologia, João Cravinho, no IV Governo Provisório, liderado por Vasco Gonçalves.

Simão Santiago não voltou a ter ligação à política activa, mas integrou no pós-25 de Abril círculos de esquerda próximos do PS. Era amigo, entre outros, de figuras públicas e políticas como Jorge Sampaio e Nuno Brederode dos Santos. Antes do 25 de Abril integrou os movimentos associativos, tendo sido expulso da Universidade de Coimbra em 1962, após a crise académica.

Nas últimas décadas, foi colega de escritório de advocacia de Francisco Teixeira da Mota, depois de ter trabalhado com o advogado Jorge Fagundes.

A outra vítima da Legionella é uma mulher de 70 anos.

A Direcção-geral de Saúde divulgou esta terça-feira a informação de que são já 34 o número de pessoas infectadas com a bactéria da Legionella, cinco das quais estão internadas em serviços de cuidados intensivos.

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