PCP questiona Governo sobre destruição de património arqueológico na região de Beja

Ministro da Cultura informou que “estão muito atentos”, e que fizeram intervenção a nível judicial, referindo ainda que “há uma violação grosseira da lei” que terá de ser resolvido a nível judicial.

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Rui Gaudêncio

O Grupo Parlamentar do PCP confrontou esta terça-feira no Parlamento o Ministro da Cultura com as informações que dão conta de destruição de património arqueológico no distrito de Beja, nomeadamente nas áreas intervencionadas para plantio amendoal e olival.

A destruição de “uma villa, um aqueduto e uma ponte, todas as estruturas do período romano, não são infelizmente pontuais” refere o deputado comunista João Ramos, lembrando que a EDIA fez um “trabalho imenso” de inventariação do património arqueológico na região, trabalho esse que chegou a determinar alterações de traçados da rede de canais de rega. Depois do investimento realizado que rondou os 20 milhões de euros “agora é feita tábua rasa desse trabalho e o património é destruído, aparentemente, perante o olhar impotente dos serviços públicos” acusa João Ramos.

O deputado frisou ainda que ao Ministério da Cultura “não basta dizer que os casos foram reportados à justiça”, questionando o seu responsável máximo, Luís Filipe Castro Mendes, sobre “que medidas serão implementadas” para garantir a protecção ao património cultural da região de Beja.

O ministro informou que “estão muito atentos”, e que fizeram intervenção a nível judicial, referindo ainda que “há uma violação grosseira da lei” que terá de ser resolvido a nível judicial.

O PCP reagiu aos argumentos do ministro da Cultura, realçando que a salvaguarda do património “precisaria de mais compromissos do Governo”, nomeadamente no reforço de meios humanos, para uma “adequada” fiscalização para defesa dos bens culturais.

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