FC Porto não cede e coloca pressão na concorrência

Sem Danilo, Marega, Soares e Otávio, os portistas superaram a boa resistência do Belenenses.

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Herrera festeja o seu golo frente ao Belenenses LUSA/MANUEL ARAÚJO

Não foi o FC Porto depauperado que chegou a ser anunciado, mas com algumas opções pouco habituais no “onze”, que superou, neste sábado, no Estádio do Dragão, um Belenenses competente e, com um triunfo por 2-0, cimentou a liderança do campeonato, colocando pressão sobre Sporting e Benfica, que apenas jogam neste domingo. Herrera, que já tinha marcado a meio da semana contra o RB Leipzig, abriu o marcador; Aboubakar, no minuto 90, fixou o resultado final.

Na antevisão do duelo com o Belenenses, Sérgio Conceição, preocupado com as ausências e as menos de 72 horas de recuperação após o jogo com o RB Leipzig, disse que o confronto com a equipa do Restelo “seria uma final”. O técnico chegou mesmo a lamentar ter apenas “15 jogadores da equipa principal disponíveis”, mas quando surgiram os nomes dos 18 portistas que constavam na ficha de jogo, o cenário não era tão negro como Conceição chegou a anunciar. Excluindo Galeno – que no último mês já tinha sido utilizado três vezes na principal equipa portista -, os jogadores à disposição do técnico eram todos do plantel principal. Porém, quatro ausências (Danilo, Marega, Soares e Otávio) num plantel limitado obrigaram Conceição a um par de improvisações.

Com apenas um jogador com características para jogar na zona central do ataque (Aboubakar), o FC Porto foi obrigado a apostar no 4x3x3, com Brahimi e Hernâni nas faixas. A novidade estava, no entanto, no substituto de Danilo: Reyes jogou a “6”, uma posição que não é estranha ao mexicano.

Decidido a resolver o jogo cedo, o FC Porto entrou com rotações altas e criou as primeiras oportunidades por Herrera (7’) e Hernâni (8’). Todavia, ainda antes do minuto 10, o Belenenses dispôs de uma excelente oportunidade, mas Roni pecou pela lentidão e permitiu que os “dragões” anulassem o perigo.

Com o ponteiro do relógio a correr a seu desfavor, os portistas voltaram a criar perigo aos 26’ - novamente após uma boa jogada de Hernâni -, mas numa altura em que o Belenenses parecia confortável no jogo, o FC Porto marcou: aos 42’, Telles obrigou Muriel a uma boa defesa e na sequência do canto Herrera inaugurou o marcador.

O início da segunda parte mostrou uma equipa de Belém mais adiantada no terreno, mas apesar de terem mais bola, os “azuis” do Restelo apenas aos 66’ ameaçaram José Sá, mas a jogada perdeu-se na inépcia de Maurides. Perante o desgaste da sua equipa, Conceição lançou Sérgio Oliveira e Galeno e o médio, aos 77’, esteve perto de fazer o 2-0.

A vitória portista, apesar de presa pela margem mínima até ao minuto 90, quando Aboubakar fez o nono golo na prova acabando com as (poucas) dúvidas, garante um importante triunfo que deixa, provisoriamente, o Sporting (cinco pontos) e o Benfica (oito pontos) mais longe.

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