Pela Catalunha livre

A Catalunha está dividida, diz-se que ao meio. Venham as eleições e veremos como — e quanto — se divide.

Sem ironia nenhuma: sou completamente a favor da independência da Catalunha e acredito que é uma questão de tempo — cada vez menos — antes dela acontecer. A maioria dos portugueses parece ser a favor da independência, ao contrário do que acontece com os espanhóis. 

Mas os anti-independentistas portugueses, publicamente mais ruidosos, têm uma simpatia profunda pelo povo catalão e pela Catalunha, seguindo os anti-independentistas catalães.

Sim, a Catalunha está dividida, diz-se que ao meio. Venham as eleições e veremos como — e quanto — se divide. Pode não ser desta vez que se conquista definitivamente a independência. Pode nem ser da próxima. Mas ela há-de vir e, quando vier, nunca mais voltará para trás.

O Estado espanhol está a portar-se vergonhosamente, a mostrar as verdadeiras cores autoritárias, cruéis, arrogantes, violentas e reaccionárias que o caracterizam cada vez que se sente rejeitado por quem domina há séculos.

A Espanha é um império castelhano que roubou o nome da Península Ibérica para confundir as nações distintas que agregou. O facto de se ter modernizado e democratizado foi uma questão de sobrevivência imperial.

Sou monárquico mas repugnou-me o discurso impante e prepotente do rei de Espanha, a meter o imperioso nariz onde não era chamado, de beicinho a tremer com a ideia de lhe roubarem um naco tão importante e bonito do território que pensa ser o dele.

Quanto mais os espanhóis se zangam, mais perto estão os catalães: Portugal que o diga. E com orgulho.

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