Madeira: Moção de censura ao governo rejeitada

Votos contra da maioria PSD inviabilizaram iniciativa do PS. O CDS absteve-se, e restante oposição votou a favor.

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A segunda moção de censura a Miguel Albuquerque foi rejeitada gc Gregorio Cunha - colaborador

A moção de censura ao governo regional da Madeira apresentada esta quinta-feira pelo PS, foi rejeitada com votos da maioria social-democrata no parlamento regional e com a abstenção do CDS, o principal partido da oposição.

A favor da moção, além da bancada socialista, votaram os restantes partidos: JPP, PCP, Bloco de Esquerda, PTP e o deputado independente.

Os centristas justificaram a posição com a vontade de dar o “benefício da dúvida” ao governo do social-democrata Miguel Albuquerque, que foi alvo de uma profunda remodelação após as autárquicas de Outubro. Mesmo assim, ressalvou o líder parlamentar António Lopes da Fonseca, se não houver um novo rumo na governação do arquipélago o CDS irá votar contra o Orçamento Regional para 2018.

Uma posição que motivou críticas do PS. Carlos Pereira, líder dos socialistas madeirenses, que suspendeu o mandato na Assembleia da República para regressar ao parlamento regional e defender a moção de censura, acusou os centristas de estarem a abrir caminho para “caírem nos braços” do PSD num futuro cenário pós-eleitoral, em que os social-democratas percam a maioria absoluta.

A moção, insistiu Carlos Pereira e a restante oposição, é justificada pela “má governação” de um executivo que leva dois anos e meio de exercício, e por isso “podia e devia” ter feito mais. 

Já o PSD e governo desvalorizaram a moção de censura apresentada, classificando-a como uma tentativa de Carlos Pereira marcar a agenda política interna do PS-Madeira, em vésperas do congresso. “Esta moção de censura, não é na realidade uma verdadeira censura ao governo, mas uma espécie de boia de salvação e uma fuga em frente para uma liderança fraca”, disse Albuquerque logo na intervenção inicial, depois de Carlos Pereira ter aberto o debate dizendo que o momento não podia ser de “guerrilha política”.

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