Ilustração

Ser mãe é a melhor coisa do mundo? Pois...

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Ser mãe é a melhor coisa do mundo. Ser mãe nem sempre é a melhor coisa do mundo. Toda a gente já ouviu as duas frases — ainda que seja primeira que mais prevalece (seja por ser mais politicamente correcta ou mais verdadeira). A dicotomia anda no pensamento de muitas mães desesperadas (quem no meio do cansaço nunca não recordou com alguma nostalgia os tempos em que não tinha filhos que atire a primeira pedra!). Mas não é uma tragédia — e o melhor remédio é mesmo rirmo-nos de nós mesmos. É isso que Nathalie Jomard, mãe e ilustradora, faz nesta série de desenhos carregados de sarcasmo. Arranca gargalhadas, acenos de concordância, frases espontâneas como "esta sou eu!". Já sabemos da felicidade indescritível de ter o filho nos braços, de o adormecer, do cheiro de bebé, das primeiras gargalhadas e palavras, dos primeiros passos e até das birras. Mas depois há o resto. Amamentar é maravilhoso — ou é como ter um tubarão a morder a mama? E o que dizer das roupas — de todas as roupas — que parecem minguar quando na verdade somos nós quem aumentamos? Ter filhos é esquecer a cama de casal para dois, é massa (e sopa e água e tudo!) a voar na hora de jantar, é cabelo despenteado, roupa vomitada, são manhãs de fim-de-semana tão curtas como as semanais, é manter um equilíbrio entre o emprego e a vida caseira digno de medalha olímpica. As imagens extremamente expressivas da ilustradora francesa são reflexo de parte da vida de muitas mães — e pais, basta mudar o ponto de vista. Soou familiar?