Santander Totta acelera lucros até Setembro

O lucro do Santander Totta, nos primeiros nove meses deste ano, cresceu 13% para os 331,9 milhões de euros. O produto bancário caiu, mas os recursos de clientes subiram. Dívida pública rendeu 20 milhões de euros.

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LUSA/MIGUEL A. LOPES

Entre Janeiro e Setembro de 2017 o Santander Totta registou um lucro de 331,9 milhões de euros, uma valorização de 13% face ao mesmo período do ano anterior, de acordo com as contas divulgadas nesta quinta-feira. Neste valor estão incluídos resultados extraordinários de 97,8 milhões de euros, para além de 15,7 milhões relacionados com o Fundo de Resolução. Deste modo, o resultado da actividade situaram-se em torno dos 200 milhões.

Já o produto bancário caiu 4,6%, enquanto os recursos subiram 1% beneficiando da subida em 16,6% de fundos e seguros comercializados pelo banco liderado por Vieira Monteiro. Os custos operacionais caíram 7%.

As comissões subiram 4,7% para 248,9 milhões de euros.

A carteira de crédito totalizava, no final de Setembro, 35,3 mil milhões de euros o que traduz um acréscimo de 4,6% face o mesmo período de 2016. O rácio de crédito em risco situou-se em 4%. 

No que diz respeito aos indicadores de solidez, o rácio de capital total é agora de 19%, ao passo que o core tier 1 ficou acima dos 16%.

Dívida pública rende 20 milhões

António Vieira Monteiro justificou a queda do produto bancário pelos reajustamentos que "fizemos na carteira de dívida pública, que andará neste momento à volta de mil milhões de euros".

O presidente do Santander Totta adiantou que o banco "vendeu ao longo do ano dívida pública em torno dois mil milhões de euros, sobretudo portuguesa", que rendeu "uma mais-valia à volta de 20 milhões de euros."

O banqueiro considera que, a partir de agora, a margem financeira será cada vez mais feita em resultado da actividade e não da comercialização de dívida pública.

Os números trimestrais divulgados esta quinta-feira não integram a compra da operação portuguesa do Banco Popular, disse Vieira Monteiro, acrescentando que acredita que as autorizações necessárias para fechar o negócio deverão chegar no final do ano. O banqueiro explicou ainda que nesta altura a operação portuguesa do Banco Popular consolida no Santander em Espanha.

Relativamente à redução de pessoal não está previsto nenhum processo negocial, sublinhou.

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