Animais de estimação: de facto os nossos melhores amigos

Quer saber ao pormenor como cuidar do seu animal de estimação? Adorava ter um site só sobre animais que pudesse consultar diariamente? O PET acaba de ser renovado e está disponível, para si, a partir de hoje.

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Cães, gatos, periquitos ou, literalmente, cobras e lagartos. Sejam mais comuns ou mais exóticos, os animais de estimação são parte da nossa vida. Há direitos e obrigações que os donos devem conhecer e cumprir para o bem-estar dos amigos, sendo certo que do companheiro terão sempre em troca muito amor e dedicação. No novo site PET, projecto promovido pelo PÚBLICO em parceria com o El Corte Inglês, vai poder explorar e saber mais sobre o mundo do seu amigo, tenha ele quatro patas ou não.

Os números não enganam: somos um País que gosta de bichos. O estudo da GFK com dados de 2016, o Track.Pets2, mostrou que em Portugal cerca de 2 milhões de lares, ou seja 56% das casas portuguesas, têm pelo menos um animal de estimação. Ora contas feitas, o resultado deu qualquer coisa como estarem registados nada mais, nada menos do que 6.228 animais de companhia, que por muitos donos são considerados como mais um membro da família.

O cão continua a ter a preferência dos portugueses, está em 36% dos lares nacionais. Já os gatos a aparecem em segundo lugar, colhem 23% das predileções, sendo que os pássaros completam o pódio, com 10%, logo seguidos dos peixes, que recolhem 4% das preferências. Contudo, 6% dos inquiridos admitiram ter outros animais e dentro desta categoria cabem os hámsteres, os coelhos anões, mas também animais menos convencionais que têm ganho o afecto dos portugueses. Répteis vários, de cobras a iguanas, tarântulas, furões, ouriços ou porcos anões já habitam em muitos lares nacionais e são cada vez mais os que procuram a companhia de um animal mais incomum.

Mas seja o animal adoptado em instituições de protecção animal, canis e gatis públicos, ou comprado em lojas da especialidade, seja o convencional cão ou gato ou a invulgar tarântula, certo é que a decisão de ter em casa um animal de companhia deve ser consciente e ponderada para evitar o abandono ou a devolução do animal. É uma relação para a vida, por vezes longa, dependendo da espécie, que envolve responsabilidade, cuidado e gastos financeiros. Em troca é certo que irá receber amor e dedicação.

Preparar um lar para o novo amigo

Ora bem, está escolhido? É um cão? É um gato? É um pássaro? Depois da escolha, o que é preciso?

Em primeiro lugar, é preciso não esquecer o básico: o conforto do animal escolhido. Há que assegurar a alimentação, o sítio onde dormir - uma cama para o cão, para o gato ou para o porco anão - e as condições essenciais indicadas a cada animal: uma gaiola adaptada a cada espécie de roedores ou de pássaros, um terrário devidamente equipado para os répteis e caixas de areia e areia para a higiene dos gatos.

Os comedouros e os bebedouros são, obviamente, essenciais, e não se pode esquecer das escovas para o pelo, das trelas e dos açaimes para os passeios ao ar livre dos cães, de arranhadores para gatos e alguns brinquedos que permitam ao animal manter a actividade física.

Sim, até pode parecer um “enxoval”, mas é importante que o animal tenha condições básicas de bem-estar para ser feliz. E já se sabe: animal feliz, dono feliz e tudo correrá pelo melhor nesta relação que se quer que seja longa e benéfica para ambas as partes.

Outra componente importante é a saúde do animal de estimação. No mesmo estudo da GSK, 92% dos donos de cães revelaram que levavam o amigo de quatro patas pelo menos uma vez por ano ao veterinário, o mesmo acontecendo com 68% dos donos de gatos. A consulta anual no médico veterinário é fundamental para monitorizar a saúde do animal, para assegurar que é cumprido o plano de vacinas aconselhado a cada espécie e para identificar qualquer problema e avançar para tratamentos ainda numa fase precoce da doença.

Gostamos deles e eles fazem-nos tão bem

Eles podem ser mais ou menos amorosos, mais ou menos bonitos. Como os amores humanos, o amor pelo animal de estimação não se explica, sente-se. E até pode ser por uma tarântula, porque não?

Mas seja de que espécie for, está comprovado pela ciência que ter um animal de estimação e cuidar dele traz muitos benefícios, para além de fazerem companhia e combaterem a solidão. A começar pela melhoria dos indicadores fisiológicos: os donos de animais de estimação costumam ter menos colesterol, os triglicéridos têm valores mais baixos e acariciar o animal de companhia baixa a tensão arterial. Aliás, a saúde cardiovascular é das que mais beneficia da presença do animal de estimação.

A presença do animal em casa também parece diminuir o stress e a ansiedade e contribuir para combater os estados depressivos, já que a companhia do companheiro ajuda a produzir oxitocina, tantas vezes apelidada de hormona da felicidade.

E se por acaso tem crianças e teme as alergias, descanse. Vários estudos científicos têm demonstrado que as crianças ao conviverem desde pequenas com animais de estimação, nomeadamente cães e gatos, desenvolvem sistemas imunitários mais fortes que as protegem de doenças alérgicas, como a asma.

A pensar no bem-estar do companheiro

O mercado está a notar que o mundo dos animais de estimação tem vindo a crescer e há muito para explorar nas necessidades não atendidas dos donos.

Por exemplo, se não tem tempo para levar o animal ao veterinário, não se preocupe que já há várias empresas que disponibilizam visitas domiciliárias de rotina e de emergência no caso de doença subita do animal de companhia.

E quando o cão tem mau comportamento? E se ele é indisciplinado nas idas à rua? Também já há soluções como escolas de comportamento animal que ensinam os cães a conviver com outros animais, a conviver com crianças e a saberem comportar-se nos passeios diários à rua.

Decerto que muitos donos sentem algum grau de culpa quando de manhã saem de casa e deixam os animais sozinhos durante o dia. A solução: creches. Sim, já creches dirigidas a cães, onde podem passar o dia a conviver com outros cães, a aprender regras de comportamento e a gastar energia.

Mas se a opção for manter o animal em casa, as opções de pet sitting são mais que muitas. Profissionais vão a casa do dono e levam o cão ao passeio diário ou vão a casa alimentar e entreter o gato para que não se sinta sozinho. São igualmente soluções a ponderar quando chega a altura das férias, dos fins-de-semana prolongados passados fora de casa ou das viagens a trabalho, para além de, nessas alturas, poder deixar o animal num hotel para cães ou gatos.

A não esquecer que em caso de dúvida, relacionada ou não com a saúde do animal de companhia, existe a Linha Saúde Animal 24 (760 450 911) onde enfermeiros veterinários apoiados por uma equipa de médicos veterinários estão prontos para responder a todas as questões que envolvem o mundo dos animais domésticos e de companhia sejam eles mais convencionais ou exóticos.

Deveres e obrigações dos donos

Se está a pensar adoptar um animal, ou já tem um, deve saber que há legislação que tem de cumprir. Desde 1 de Maio deste ano que está em vigor o novo estatuto jurídico dos animais que trouxe a primeira grande alteração à forma como os animais de companhia são encarados. Desde essa data deixaram de considerados “coisas” para serem legalmente encarados como seres dotados de sensibilidade, com direitos que têm de ser assegurados pelos donos: direito a acesso a comida e a bebida, direito a cuidados de saúde e a obrigatoriedade de identificação.

A nova legislação também vem regular que em caso de divórcio os donos terão de chegar a acordo sobre a custódia do animal ou dos animais de companhia.

Mais antiga é a obrigação legal de os donos de cães de raças consideradas potencialmente perigosas terem um seguro de responsabilidade civil com capital mínimo de 50 mil euros e a obrigatoriedade de, sempre que circulam na rua, cães e gatos devem estar presos por trela e identificados com o nome, telefone ou morada do dono. 

O reformulado site do PET dá-lhe todas esta informações e muito mais. Se tem um animal de estimação, guarde este link nos seus favoritos.