“O natural em democracia é haver greves”, diz o Presidente da República

Marcelo Rebelo de Sousa afirma que considera normal haver uma greve da Função Pública em altura de debate do Orçamento do Estado. Mas na escola que visitou nos Açores, só houve 4% de adesão.

Marcelo de visita a uma escola, acena a estudantes
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Marcelo de visita a uma escola, acena a estudantes LUSA/MIGUEL A. LOPES
O Presidente no meio dos alunos
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O Presidente no meio dos alunos LUSA/MIGUEL A. LOPES
Marcelo, o Presidente dos afectos
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Marcelo, o Presidente dos afectos LUSA/MIGUEL A. LOPES

O Presidente da República considera ser normal haver uma greve da Função Pública numa altura em que está em discussão o Orçamento do Estado para o próximo ano. “A greve é um direito dos portugueses, faz parte da lógica da democracia haver greves, ainda por cima num momento de debate nacional sobre o Orçamento do Estado”, afirmou esta sexta-feira, em Ponta Delgada (Açores).

Nem o facto de ser a primeira greve geral da legislatura lhe mereceu um comentário diferente: “Nós habituámo-nos nestes dois últimos anos a não haver greves, mas o que é natual em democracia é haver greves, é um instrumento de luta dos trabalhadores”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.

Questionado sobre se imagina que vai haver mais greves nesta segunda metade da legislatura, afirmou: “Não faço esse tipo de imaginação”.

Mas na escola básica integrada Gaspar Frutuoso onde falava, a paralisação não se fizera sentir, ficando-se pelos 4%. “Ninguém quis faltar”, afirmou fonte do estabelecimento ao PÚBLICO, perante o enorme pavilhão onde o chefe de Estado foi aplaudido como uma estrela de TV.

Os protestos ficaram à porta, onde dezenas de professores se manifestaram, tal como acontecera no primeiro dia da visita, pedindo ao Presidente que se associasse à sua causa: a defesa da contabilização de três anos de serviço que 3700 docentes da região viram congelados por uma decisão do Governo nacional. Marcelo desmontara a manifestação como fizeram em Santa Maria: beijou uma a uma as professoras presentes, recebeu a petição que lhes sugerira que fizessem para levar para Lisboa e até tirou selfies com os manifestantes. No final, foi aplaudido. 

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