Mais mortos em acidentes de moto

O número de vítimas mortais e feridos é o mais alto da última década, revela relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

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Nuno Ferreira Santos

Há cinco anos que os acidentes de moto não provocavam tantas mortes e, na última década, nunca houve tantos feridos graves e ligeiros como este ano. No total, só nos primeiros sete meses deste ano morreram 76 pessoas em desastres de motociclos ou ciclomotores: quase duas vezes mais do que no período homólogo no último ano. Os números constam nos relatórios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e são citados pelo Jornal de Notícias nesta quinta-feira.

Os dados estatísticos mostram que na última década, nunca houve tantas vítimas, somando mortos e feridos graves e ligeiros. Entre 1 de Janeiro e 30 de Julho, os acidentes de moto atingiram 4927 pessoas. “Um aumento brutal e preocupante”, analisa o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Miguel Trigoso, em declarações ao JN. Mas as razões na origem deste aumento não são claras: “Pode ser resultado de um maior uso de veículos motorizados de duas rodas, mas é impossível dizer até que seja feita uma análise séria e está na altura de olhar para o fenómeno com atenção”, afirma.

É que apesar de o número de vítimas ter aumentado, o número de acidentes até é menor. Este ano, até Setembro, a PSP registou 3748 acidentes, enquanto o ano passado foram 8277 no total. Em 2015 foram 4326 acidentes registados.

Os motociclos mais perigosos são motas com cilindrada superior a 50 cm3 ou que excedam os 45 kms/h.

Nas medidas a implementar até 2020, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária compromete-se a “estabelecer condições para a discriminação positiva” na compra de motos que tenham motores mais seguros – sem dizer quais são, cita o JN. Fala ainda do alargamento de equipamentos de segurança obrigatórios bem como mais fiscalização. "Medidas demasiado generalistas”, considera José Miguel Trigoso, que pede “soluções a sério”.

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