Eurostat volta a adiar decisão sobre impacto da Caixa Geral de Depósitos no défice

O défice português recuou para quase metade do registado entre Abril e Junho do ano passado.

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LUSA/MIGUEL PEREIRA DA SILVA

O défice de Portugal recuou para 1,6% do PIB no segundo trimestre, face aos 3,0% homólogos, revela o Eurostat nesta terça-feira num boletim em que volta a adiar uma decisão sobre o impacto da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CDG).

O défice português recuou para quase metade do registado entre Abril e Junho de 2016, dos 3,0% para os 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB). No primeiro trimestre do ano, o défice foi de 0,8% do PIB.

O gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), sublinha que, "dada a complexidade da operação" de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, prosseguem as conversações com o INE no que respeita à sua inscrição nas contas nacionais.

Segundo o Eurostat, "a recapitalização da CGD deverá ascender a 4874 milhões de euros (4444 milhões no primeiro trimestre de 2017), dos quais 3944 milhões de euros foram realizados pelo Estado Português, representando 2,1% do PIB anual esperado".

Em Julho, o Eurostat tinha remetido para Setembro uma decisão sobre o impacto da recapitalização da CGD nas contas nacionais.

Défice na zona euro cai para 1,2% no 2.º trimestre

O défice da zona euro desceu para 1,2% no segundo trimestre face ao do período homólogo do ano anterior (1,8%), mas agravou-se em relação ao registado no trimestre anterior (1,0%), anunciou o Eurostat.

Na União Europeia (UE), o défice subiu para os 1,3% se comparado com os 1,1% do primeiro trimestre de 2017, mas caiu também em termos homólogos, já que o rácio do défice em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) tinha sido de 2,1% entre Abril e Junho do ano passado.

A Roménia (4,1%), o Reino Unido (3,4% e a França (2,8%) são, entre os países para os quais há dados disponíveis, os que registaram os maiores défices públicos. Malta teve um excedente orçamental de 2,3% do PIB, seguindo-se a República Checa (1,9%) e a Letónia (1,6%).

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