Viagens
O viajante do tempo que desenha o mundo
Hugo Barros Costa anda sempre com três cadernos. Pode fazer oito ou dez desenhos por dia e pára “em média um dia por mês".
Hugo Barros Costa passou dois meses seguidos no Sul de Itália “a seguir os passos” de Louis Kahn (1901-1974), arquitecto com centenas de desenhos compilados no livro The Paintings and Sketches of Louis I. Kahn. Pegou no livro há três anos. Abre-o e viaja — como se jogasse uma partida de jumanji. Já riscou da lista os desenhos todos de Kahn, “o mestre dos mestres”, no Sul (falta-lhe Verona, Milão e Pavia no Norte), já esteve em Los Angeles, Nova Iorque e no estúdio do arquitecto na Filadélfia. “Esqueço a técnica dele. Desenho o que vejo hoje em dia. Falta-me Egipto e Grécia”, diz à Fugas este desenhador compulsivo que em Setembro venceu o concurso “Sketch 4 Freedom”, promovido pelo Parque Franklin D. Roosevelt Four Freedoms, precisamente com um desenho da envolvente do espaço nova-iorquino projectado por Kahn.