Fábio Martins desfaz nulo e dá quarto lugar ao Sp. Braga

Derby minhoto decidido no último minuto deixa Moreirense na zona de despromoção.

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Hugo Delgado/Lusa

Salvo pelo gongo, o Sp. Braga instalou-se no cadeirão destinado ao quarto grande, gentilmente cedido pelo Marítimo, com um triunfo por 1-0 no campo do Moreirense. Esta vitória é momento crucial para as legiões comandadas por Abel Ferreira, cuja convicção não saiu abalada da derrota para a Liga Europa, como se infere da repetição do “onze” no regresso ao campeonato. Já a equipa de Manuel Machado, continua presa ao fundo da tabela.

?À confiança depositada por Abel nos mesmos “guerreiros” que capitularam frente ao Ludogorets, respondeu a equipa com uma entrada personalizada, a que só faltou o brilho do golo de Fransérgio (21’) - na oportunidade mais flagrante, negada por Jhonatan - para ser verdadeiramente triunfante. O Moreirense, ainda à procura da primeira vitória caseira (só venceu um jogo, no Estoril, para a Liga), apresentou três alterações em relação às escolhas da Taça de Portugal, em Canelas. Mas Manuel Machado percebeu rapidamente que seria preciso apresentar mais do que uma boa organização para poder dar profundidade ao jogo e conseguir importunar Matheus.

Não surpreendeu que os cónegos só com mais de meia primeira parte disputada fossem capazes de penetrar com perigo na área bracarense, graças a um bom pormenor técnico de Tozé que Zizo tentou completar, mas que o corte providencial de Vukcevic desviou por cima da barra. Tozé tentaria mais uma vez, sem êxito, da mesma zona e o Moreirense resumia, assim, a primeira metade a dois momentos de relativo perigo, para além de um mergulho de Koffi, aos pés de Matheus, mas sem direito a penálti.

Para trás ficara, entretanto, o ensaio do Sp. Braga, a que nem Paulinho ou João Carlos Teixeira conseguiram dar sentido prático. O Sp. Braga acabaria por se perder no labirinto moreirense e esgotar a centelha e o fulgor iniciais, apesar das diligências e da insistência de Esgaio, principal municiador do ataque, que acabou também por render-se com o decorrer da segunda parte, em que foi notória a quebra de influência “arsenalista”.

Sem ideias nem fluidez, o Sp. Braga caminhava a passos largos para um desfecho tão desinteressante quanto o jogo produzido, que só um cabeceamento de Ricardo Horta teve o condão de sacudir. Mas Jhonatan voltava a negar o golo aos bracarenses, com duas defesas de puro instinto e alguma sorte. O lance acabou por despertar o instinto guerreiro do Sp. Braga, que aos 90’ alcançaria a vitória, numa finalização de Fábio Martins mesmo no limite.

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