Uma assistência recorde para um avançado excepcional

Harry Kane voltou a mostrar a sua classe na vitória folgada do Tottenham sobre o Liverpool. Em Itália, a Juventus mostrou a sua força e em Espanha o Real Madrid cumpriu a obrigação mesmo sem Ronaldo marcar.

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Reuters/EDDIE KEOGH

Foi mais um dia de glória para Harry Kane, o internacional inglês que está a atravessar um dos seus melhores momentos na carreira. Perante uma plateia de 80.827 espectadores, a maior assistência de sempre num jogo da Premier League, o avançado marcou dois golos no triunfo indiscutível do Tottenham sobre o Liverpool por 4-1, em Wembley.   

Os “spurs” colocaram bem à vista as fragilidades defensivas dos “reds”, que já sofreram 16 golos em novo jornadas, o pior registo do Liverpool nesta fase da competição desde 1964. Já o Tottenham colou-se ao Manchester United e está agora ao lado da equipa orientada por José Mourinho na perseguição ao líder Manchester City.

Foi Kane quem abriu e fechou o caminho do triunfo da equipa londrina e os dois golos deste domingo permitem-lhe assumir a liderança da lista de melhores marcadores da Liga inglesa, com um total de oito remates certeiros (mais um que Agüero, do Manchester City, e Lukaku, do Manchester United). Son Heung-min e Dele Alli foram os autores dos outros dois golos do Tottenham, que chegou ao intervalo já a vencer por 3-1. Para o Liverpool, marcou Mohamed Salah.

A vitória do Tottenham sobre o Liverpool foi a quarta consecutiva e teve ainda um sabor especial por ser a primeira dos últimos cinco anos na Premier League. Já a formação orientada pelo alemão Jürgen Klopp somou o terceiro jogo seguido sem vencer na competição e caiu para o nono posto, parecendo estar, prematuramente, afastada da luta pelo título.

"O jogo, o resultado, foi tudo culpa nossa. O Tottenham jogou bem, eles tinham de ser bons, mas nós tornámos as coisas demasiado fáceis para elas”, admitiu Klopp no final do encontro.

No outro jogo deste domingo na Liga inglesa, o Arsenal não deu quaisquer hipóteses ao Everton, apesar da partida se ter disputado em Goodison Park goleando por 5-2. A equipa orientada pelo holandês Ronald Koeman até esteve a vencer, com um golo de Wayne Rooney, aos 12’, mas acabou por sofrer a quinta derrota nesta edição da Premier League, caindo para a zona de despromoção.

O espanhol Monreal empatou a partida (40’) e o alemão Ozil consumou a reviravolta (53’) e foi já com o Everton reduzido a 10, por expulsão de Gueye, aos 68’, que se seguiram os golos do francês Lacazette (74’), do galês Ramsey (90’) e do chileno Alexis Sanchez (90’+5’). O senegalês Niasse reduziu, aos 90’+3’.

Em Itália, a Juventus regressou às vitórias no campeonato ao golear a Udinese por 6-2, e nem o facto de ter estado a perder (Perica, aos 8’, marcou para a formação da casa) e de ter actuado grande parte do encontro em inferioridade numérica, devido à expulsão de Mandzukic (26’), impediu a “vecchia signora” de impor a sua força. Sami Khedira foi o homem do jogo, ao assinar três golos do futuro adversário do Sporting na Liga dos Campeões.

Mal continua o Milan. Com André Silva como suplente não utilizado, a equipa treinada por Vincenzo Montella jogou com menos um elemento a partir do minuto 25 por causa da expulsão de Bonucci, apanhado pelo videoárbitro, e empatou a zero na recepção ao Génova, que contou com Miguel Veloso a tempo inteiro.

Em Espanha, o Real Madrid não precisou da inspiração de Cristiano Ronaldo para derrotar o modesto Eibar por 3-0, mas houve outro português em evidência na partida do Santiago Bernabéu. Paulo Oliveira, ex-jogador do Sporting, marcou um autogolo (18’) que abriu o marcador para os homens de Zidane. Cristiano Ronaldo ficou em branco, mantendo-se com apenas um golo na prova.

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