Primeiro match point para Hamilton nos EUA

Piloto britânico pode festejar o título mundial já no Grande Prémio dos EUA, mas tem mais três oportunidades para erguer o quarto troféu da sua carreira na Fórmula 1.

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Hamilton está confiante para o GP dos EUA LUSA/SRDJAN SUKI

O quarto título mundial de Lewis Hamilton na Fórmula 1 é praticamente uma inevitabilidade. A quatro corridas do final da temporada, o inglês, campeão em 2008, 2014 e 2015, terá o primeiro match point da temporada no Grande Prémio dos EUA, que se disputa este domingo (SportTV5, 20h). Mas para o piloto de 32 anos festejar já o título precisará da colaboração de Sebastian Vettel e também do seu companheiro de equipa Valtteri Bottas, ainda com remotas hipóteses matemáticas de lutar pelo primeiro lugar da classificação geral.

Mas vamos às contas. Com 59 pontos de vantagem sobre o segundo classificado, Vettel, e a 72 do seu companheiro de equipa, Bottas, e com 100 pontos ainda em disputa até ao final da época, Hamilton será já campeão este domingo caso se cumpram dois cenários que não são propriamente improváveis. Na corrida de Austin, no Texas, o britânico terá de ganhar 16 pontos ao tetracampeão mundial alemão (2010, 2011, 2012 e 2013) e três ao finlandês Bottas com quem divide as boxes da Mercedes.

Hipótese 1: Hamilton vence nos EUA e Vettel termina abaixo do quinto lugar. Hipótese 2 (mais complicada): O inglês termina em segundo, com o alemão a ficar abaixo do oitavo posto e sem que Bottas triunfe. Em suma, o britânico terá sempre de ficar entre os dois primeiros, já que um terceiro lugar, mesmo que o Vettel não termine a prova - como aconteceu em duas das três últimas corridas, que abriram a auto-estrada do título para Hamilton -, vale 15 pontos, menos um do que seria necessário.

Mas mesmo que o troféu não se torne uma realidade em Austin, Hamilton terá ainda três oportunidades para se coroar em 2017: GP do México, GP do Brasil e GP de Abu Dhabi, a encerrar a temporada. E só uma grande hecatombe impediria outro desfecho da época.

Apesar de não querer falar muito sobre a eventualidade de ser já campeão este fim-de-semana, Hamilton não escondeu, este sábado, qual é o seu estado de espírito, após os primeiros treinos livres que dominou por completo. “A minha mãe está aqui, ela adora os EUA, o meu irmão também e alguns amigos.” Se tiver algo para celebrar não será sozinho, mas garante que não se sente pressionado: “Não estamos a fazer nada de diferente. Quero, sim, vencer a corrida, mas como qualquer outra.”

Muito procurado pela comunicação social norte-americana, Hamilton acabou por explicar porque se sente tão à vontade no Circuito das Américas, onde venceu em quatro das cinco edições disputadas (a outra vitória, em 2013, foi para Vettel). “Costumo estar bem aqui. Gosto muito do traçado que favorece o meu estilo agressivo”, concluiu.

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